Despedida do indigenista Bruno Pereira será no Recife
A expectativa da família de Bruno é de que ele seja velado entre esta quarta (22) e quinta-feira (23)
Após um desfecho trágico, com a confirmação das mortes de Bruno Pereira e Dom Phillips, no Amazonas, os parentes e também os indígenas que conviviam e lutavam ao lado do indigenista pela proteção do Vale do Javari (AM) começam a se mobilizar para o adeus.
A expectativa da família de Bruno é de que ele seja velado entre esta quarta (22) e quinta-feira (23), no Recife, em Pernambuco, sua terra natal, a depender da liberação do corpo pela Polícia Federal, que já está em trabalho de conclusão das perícias.
“O povo kanamari de hoje para amanhã já deve fazer uma cerimônia em Atalaia do Norte. Os demais vão fazer nas aldeias. Todos eles, marubos, matis, cada um com o seu jeito”, explica Beto Marubo, liderança indígena.
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A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), do qual Beto e Eliesio Marubo fazem parte, já confirmou que estará presente no Recife ao lado da família de Bruno para a última despedida. Antes disso, no entanto, os representantes dos indígenas terão compromissos em Brasília.
No Vale do Javari, as várias tribos que vivem na terra indígena também já preparam seus rituais espirituais de despedida, que independem da presença do corpo do indigenista. Já ontem, a tribo kanamari deve começar a entoar seus cânticos aos espíritos de Bruno Pereira.