Destroços de submarino indicam que 'algo catastrófico' aconteceu com embarcação, diz especialista
Submersível Titan desapareceu durante expedição aos escombros do transatlântico
A Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou que destroços do submarino que desapareceu no último domingo foram encontrados nesta quinta-feira. De acordo com especialistas ouvidos pela imprensa internacional, eles seriam parte da "estrutura de pouso e uma tampa traseira do submersível". Caso a possibilidade seja confirmada pelas autoridades, significa que algo "muito ruim" aconteceu com a embarcação.
A intensa operação de busca do submersível Titanic, que desapareceu no domingo com cinco pessoas a bordo quando se dirigia para os destroços do Titanic no Atlântico Norte, entrou esta quinta-feira numa fase crítica, à medida que as reservas de oxigênio se esgotam. Uma flotilha de aviões e embarcações e tecnologias especializadas participam das buscas pelo submersível turístico.
"Um campo de destroços foi descoberto dentro das áreas de busca por um ROV perto do Titanic. Especialistas do comando unificado estão avaliando a informação", diz o comunicado da Guarda Costeira dos EUA.
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Segue o mistério sobre o que pode ter provocado a perda de contato do veículo com a superfície. Num dos cenários possíveis, o Titan teria voltado a superfície e estaria flutuando, esperando ser encontrado. Segundo especialistas, o cenário mais catastrófico é o de que os efeitos da pressão tenham provocada a implosão do submersível.
Mais cedo, a Guarda Costeira americana havia anunciado que um robô canadense chegou ao fundo do oceano na região em que o submersível desapareceu. Também confirmou o início da operação do robô Victor 6000, que tem um cordão umbilical de oito quilômetros e pode atingir uma profundidade mais do que o suficiente para chegar ao local do naufrágio do Titanic no leito marinho, a quase quatro quilômetros de profundidade.
A comunicação com o pequeno submersível Titan foi perdida no domingo, quase duas horas depois de o equipamento iniciar a descida em direção ao que restou do famoso transatlântico, a quase 4.000 metros de profundidade e a cerca de 600 quilômetros de Terra Nova.
Embarcaram no submersível o bilionário e aviador britânico Hamish Harding, presidente da empresa de jatos particulares Action Aviation; o empresário paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente do conglomerado Engro, e seu filho Suleman; o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet; e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions, a companhia que opera o Titan, que cobra US$ 250.000 (aproximadamente R$ 1,2 milhão) por turista.