Equador

Detentos fogem de prisão militarizada no Equador visitada por jornalistas

O órgão acrescentou que a fuga foi percebida durante o controle diário de segurança realizado por militares

O órgão acrescentou que a fuga foi percebida durante o controle diário de segurança realizado por militares, policiais e guardasO órgão acrescentou que a fuga foi percebida durante o controle diário de segurança realizado por militares, policiais e guardas - Foto: Pixabay

Três detentos fugiram da prisão de Latacunga, no centro andino do Equador, que está sob controle militar e havia recebido a visita de um grupo de jornalistas na véspera, informaram as forças armadas nesta sexta-feira (23).

Na madrugada de ontem, "detectou-se a fuga de três presos do Centro de Privação de Liberdade Cotopaxi", também conhecido como Latacunga, indicou o Comando Conjunto das Forças Armadas em comunicado.

O órgão acrescentou que a fuga foi percebida durante o controle diário de segurança realizado por militares, policiais e guardas penitenciários. A prisão tem capacidade para cerca de 4.900 pessoas e uma ocupação de quase 4.300.

As forças de segurança e o órgão encarregado de administrar as prisões (SNAI) "acionaram os protocolos de investigação e buscas para a localização e recaptura" dos presos foragidos.

Um grupo de jornalistas visitou ontem a prisão, de 17 hectares. Protegida por cerca de 1.500 militares, a penitenciária guarda as marcas da violência e dos privilégios de que gozavam os chefes de facções criminosas. Entre vidros e paredes marcadas por impactos de bala, há resquícios de luxos antigos, como jacuzzis e até uma boate.

Situado entre a Colômbia e o Peru, os maiores produtores mundiais de cocaína, o Equador era um país tranquilo, mas a violência ligada ao narcotráfico fez os homicídios se multiplicarem, passando de 6 para cada 100.000 habitantes em 2018 para o recorde de 46 em 2023.

Atrás das grades, as chacinas se tornaram frequentes. Desde fevereiro de 2021, cerca de 460 presos foram assassinados.

Em janeiro, a fuga de uma prisão de Guayaquil do chefe de uma temida facção foi o estopim de uma investida do narcotráfico. A escalada da violência levou o presidente, Daniel Noboa, a declarar "um conflito armado interno" para mobilizar a força militar nas ruas e prisões.

A presença de militares nas ruas reduziu a taxa de homicídios de 28 casos diários na primeira semana de janeiro para 11 depois de duas semanas, segundo dados oficiais.

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