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Dez soldados e policiais são condenados a 30 anos de prisão por "conspiração", na Venezuela

Segundo ONG, no país existem atualmente 264 'presos políticos' e deles 147 são militares

Nicolás MaduroNicolás Maduro - Foto: Federico Parra/AFP

Dez soldados e policiais foram condenados, nessa segunda-feira, na Venezuela, a 30 anos de prisão por “conspirarem” contra o governo do presidente Nicolás Maduro, durante 2019. A notícia foi confirmada pela Coalizão pelos Direitos Humanos, que se autodenomina defensora dos “prisioneiros políticos”.

“Foram condenados a 30 anos de prisão pelos crimes de conspiração, terrorismo e associação para cometer um crime”, disse María Alejandra Poleo, advogada da coligação, após o término do julgamento.

Os responsáveis foram detidos em dezembro de 2019, após terem sido implicados na operação “Honra e Glória”, um alegado “ato terrorista” para atacar unidades militares no estado de Sucre (leste) e depois deslocar-se para Caracas.

Os policiais e militares estavam ligados a um ex-deputado e dissidente do chavismo procurado pela Justiça, Fernando Orozco, que supostamente liderou o plano.

“Supostamente faziam parte de um grupo de WhatsApp, cujo objetivo era causar desestabilização e planos de assassinato que nunca aconteceram”, acrescentou Poleo.

 

Os dez detidos cumprirão pena no presídio comum de El Rodeo e no presídio militar de Ramo Verde, ambos localizados no estado de Miranda (leste).

O governo denuncia frequentemente planos de golpe de Estado e de assassinato contra Maduro, nos quais estão implicados opositores, e até agora, neste ano, quase 40 pessoas foram presas por seis alegados atos conspiratórios orquestrados entre 2023 e 2024.

Segundo a ONG especializada Foro Penal, na Venezuela existem atualmente 264 “presos políticos” e deles 147 são militares.

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