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migração

Dezenas de migrantes levados para Albânia voltam para Itália após decisão judicial

No grupo de 43 pessoas, a maioria é de Bangladesh, mas também inclui seis egípcios, um marfinense e um gambiano

Um grupo de migrantes embarca em um navio da guarda costeira italiana no porto de Shengjin, na AlbâniaUm grupo de migrantes embarca em um navio da guarda costeira italiana no porto de Shengjin, na Albânia - Foto: Adnan Beci / AFP

Um navio com 43 migrantes a bordo deixou a Albânia rumo à Itália neste sábado (1º), um dia após a Justiça italiana desferir mais um golpe nos planos da primeira-ministra de extrema-direita, Giorgia Meloni, de criar centros de detenção em outros países.

Os migrantes fazem parte de um grupo de 49 pessoas transferidas para a Albânia na terça-feira, depois de terem sido interceptados pelas autoridades italianas quando tentavam atravessar o Mediterrâneo.

A maioria é de Bangladesh, mas o grupo também inclui seis egípcios, um marfinense e um gambiano, segundo várias ONGs.

Meloni assinou um acordo com seu homólogo albanês, Edi Rama, em novembro de 2023, para abrir dois centros para migrantes na Albânia, mas gerenciados por Roma, com o objetivo de terceirizar o processamento de migrantes e acelerar a repatriação de solicitantes de asilo rejeitados.

No entanto, o projeto da líder de extrema-direita, muito criticado por ONGs e partidos de oposição na Itália, tem enfrentado vários obstáculos legais.

Na sexta-feira, um tribunal de apelações de Roma enviou o caso para a Corte Europeia de Justiça (ECJ), o que levou o grupo de 43 migrantes detidos na Albânia a serem enviados de volta à Itália, disse uma fonte do governo à AFP.

O acordo entre a Itália e a Albânia tem duração de cinco anos e envolve homens adultos interceptados pela Marinha ou Guarda Costeira italiana em sua área de busca e resgate em águas internacionais.

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