Dezenove combatentes pró-Irã morrem em ataque na Síria (ONG)
Entre os mortos, quatro eram sírios e seis iraquianos
Dezenove combatentes pró-Irã morreram neste sábado(30) e 20 ficaram feridos em diferentes atentados no leste da Síria, afirmou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). Entre os mortos, quatro eram sírios e seis iraquianos e os ataques ocorreram nas proximidades de posições militares em Bukamal e arredores, na província de Deir Ezzor, anunciou a organização não governamental.
Os bombardeios foram "provavelmente israelenses", declarou à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane, que inicialmente suspeitou dos Estados Unidos.
O Irã apoia os grupos armados que os Estados Unidos acusam de estar por trás de um aumento dos ataques contra suas forças no Oriente Médio, em meio à guerra em Gaza entre Israel e Hamas, movimento islamista palestino apoiado pelo "eixo da resistência", do qual Teerã faz parte.
Um militar americano declarou à AFP, sob anonimato, que os "Estados Unidos não realizaram nenhum ataque defensivo durante a noite" no leste da Síria. Um carregamento de armas procedentes do Iraque e um depósito de munições também foram atacados, produzindo grandes explosões, afirmou o OSDH, que tem sede no Reino Unido mas conta com uma ampla rede de fontes no país em guerra.
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Combatentes do Hezbollah mortos
O OSDH também indicou que "bombardeios terrestres israelenses" mataram durante a noite dois combatentes de um grupo afiliado ao Hezbollah libanês, apoiado pelo Irã, na província de Quneitra, no sul da Síria. O Hezbollah anunciou neste sábado que quatro de seus combatentes foram assassinados "a caminho de Jerusalém", termo utilizado pelo grupo para se referir às suas baixas desde 7 de outubro.
Estes ataques foram realizados em um contexto de ações crescentes por parte de grupos pró-Irã contra o Exército americano na Síria e no Iraque desde o início da guerra em Gaza em 7 de outubro. Cerca de 2.500 soldados americanos estão no Iraque e 900 na Síria em um programa de combate ao grupo jihadista Estado Islâmico.
Em meados de novembro, oito combatentes pró-Irã morreram em ataques dos Estados Unidos a duas localidades da mesma província, segundo o OSDH. Na segunda-feira, o general de brigada Razi Mousavi morreu atingido por um disparo de míssil ao sul de Damasco.
Ele era um alto comandante da Força Qods, braço operacional no exterior e unidade de elite dos Guardiões da Revolução, o exército ideológico da República Islâmica do Irã. O Irã acusou Israel pelo incidente, que, por sua vez, não o negou.