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América Latina

Dezesseis países latino-americanos unem forças contra crime organizado

Só em 2022, os custos diretos do crime chegaram a 3,44% do PIB da região

Países da América Latina e do Caribe querem combater o crime organizadoPaíses da América Latina e do Caribe querem combater o crime organizado - Foto: PRF/Divulgação

Dezesseis países da América Latina e do Caribe lançaram, nesta quinta-feira (12), uma aliança para combater o crime organizado, que custa bilhões de dólares por ano às economias regionais, informou o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

“O crime organizado opera além das fronteiras e exige uma ação regional ousada e coordenada”, disse o presidente do BID, Ilan Goldfajn, citado em um comunicado.

“A Parceria de Segurança, Justiça e Desenvolvimento possibilitará parcerias estratégicas e mobilização de recursos”, acrescenta.

Para isso, serão três pilares principais: proteger as populações vulneráveis, fortalecer as instituições de segurança e justiça e reduzir os mercados ilícitos e os fluxos financeiros.

A iniciativa, promovida pelo BID, envolve governos, organizações multilaterais e a sociedade civil.

Ela é formada pelos seguintes países: Brasil, Argentina, Bahamas, Barbados, Chile, Costa Rica, Equador, Guatemala, Guiana, Honduras, Jamaica, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname e Uruguai.

As organizações incluem a Organização dos Estados Americanos (OEA), a Interpol, o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF, na sigla em espanhol), o Banco Mundial e a Divisão de Investigação Antimáfia (DIA) da Itália.

De acordo com um estudo recente do BID, o desenvolvimento social e econômico na América Latina e no Caribe é fortemente afetado pelo crime e pela violência.

Em 2022, os custos diretos do crime chegaram a 3,44% do PIB da região, o que é quase o mesmo que um estudo realizado pela organização financeira em 2017.

Isso equivale a 78% do orçamento público para educação e 12 vezes o orçamento para pesquisa e desenvolvimento.

Em outra publicação recente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) também concluiu que o crime e a insegurança continuam sendo “grandes obstáculos à prosperidade” na região.

A América Latina e o Caribe representam apenas 8% da população global, no entanto, são responsáveis por um terço dos homicídios do mundo.

Segundo a análise do FMI, quando os homicídios aumentam cerca de 10% em um município, sua atividade econômica cai aproximadamente 4%.

O documento conclui que os homicídios aumentam quando um país é afetado pelo crescimento negativo, alta inflação ou muita desigualdade.

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