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Motim

Dezessete funcionários penitenciários seguem retidos em presídio no Equador

Os funcionários, entre eles guardas e trabalhadores administrativos, estão no presídio de Esmeraldas

Foto: MARCOS PIN/AFP

Dezessete funcionários penitenciários permanecem retidos em um presídio do Equador, onde o governo declarou emergência para o sistema penitenciário por causa de um novo massacre carcerário, informou o órgão que administra os presídios (SNAI) nesta quarta-feira (26).

Os funcionários, entre eles guardas e trabalhadores administrativos, estão no presídio de Esmeraldas, no noroeste do país, onde houve um motim na terça-feira, segundo as autoridades, em represália à declaração de estado de exceção.

"Até agora, há 17 servidores retidos no CPL (Centro de Privação de Liberdade) Esmeraldas", no noroeste do país, afirmou o SNAI em seu canal de transmissão no Whatsapp.

O motim em Esmeraldas foi um reflexo do ocorrido na penitenciária de Guayaquil, localizada no sudoeste do Equador, onde durante quatro dias houve confrontos entre detentos que deixaram um número ainda indefinido de mortos.

O Ministério Público, encarregado de recuperar os corpos, relatou inicialmente 31 mortes. No entanto, a polícia disse ter encontrado 11 corpos e 29 "peças anatômicas".

Desde fevereiro de 2021, mais de 420 detentos morreram em confrontos violentos que deixam cenas de corpos decapitados e incinerados.

Na terça-feira, surtos de violência também aconteceram na capital de Esmeraldas, que leva o mesmo nome. Alertas de bomba em postos de gasolina e um artefato explosivo desativado na sede do Ministério Público levaram o governo local a suspender o horário de trabalho e escolar nessa cidade de 220 mil habitantes.

Nesta manhã, reportagens da mídia local mostraram ruas vazias e lojas fechadas.

Após o massacre na penitenciária de Guayaquil, também chamada Guayas 1, mais de 100 agentes penitenciários foram retidos em cinco presídios do país. Até ontem, 120 dos 137 foram libertados.

Detentos de 13 presídios que fizeram greve de fome no domingo também encerraram a greve.

Um censo recente estabeleceu que nas 36 prisões equatorianas, com capacidade para cerca de 30.000 pessoas, há uma população de 31.321 presos. A maioria por tráfico de drogas

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