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Amazônia

Dia da Amazônia: incêndios disparam no início de setembro

Em agosto, o bioma teve o maior número de incêndios para o período em 12 anos

Desmatamento na Amazônia Desmatamento na Amazônia  - Foto: Mauro Pimentel / AFP

A Amazônia brasileira contabilizou mais de dois terços do total de incêndios registrados em setembro de 2021 em apenas quatro dias, após um novo recorde em agosto, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Nos primeiros quatro dias de setembro, a parte brasileira da maior floresta tropical do planeta teve 12.133 queimadas, mais de 70% do que foi registrado no mesmo mês do ano passado, segundo dados do Inpe disponíveis nesta segunda-feira, Dia da Amazônia. 

Em setembro de 2021 foram registrados 16.742 focos de incêndio, número significativamente abaixo da média mensal de 32.110 incêndios, entre 1998 e 2021. 

No entanto, a média de 3 mil incêndios por dia neste mês disparou alarmes entre os órgãos ambientais, porque se essa tendência continuar, setembro pode ser um dos piores meses desde o início dos registros.

Em agosto, o bioma teve o maior número de incêndios para o período em 12 anos.

A ONG Observatório do Clima disse nesta segunda-feira (5) que "há pouco a se comemorar" no Dia da Amazônia.

A Amazônia "encontra-se sob ataque intenso das forças criminosas que, estimuladas pelo governo federal, vêm promovendo a maior onda de destruição e degradação da floresta em quase duas décadas".

O desmatamento e os incêndios florestais dispararam sob a gestão do presidente Jair Bolsonaro.

Desde que Bolsonaro assumiu a presidência, em janeiro de 2019, o desmatamento médio anual na Amazônia brasileira aumentou 75% em comparação com a década anterior. 

O presidente rejeita as críticas argumentando que a extensão da Amazônia dificulta sua fiscalização e que o Brasil "conserva suas florestas muito melhor que a Europa".

Especialistas apontam uma relação direta entre os focos de incêndio e o aumento ilegal do desmatamento na Amazônia, já que o fogo costuma ser usado para renovar o solo. 

"É hora de fazer uma escolha: ou o país fica com a floresta, ou com o atual presidente. Não dá para ter ambos", salienta Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.

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