Dia Nacional do café: conheça mais sobre a bebida e o motivo da celebração no Brasil
A bebida que se tornou parte da cultura e do cotidiano do Brasil que é o maior produtor e exportador do grão no mundo, representando mais de 30% da produção global
Nesta sexta-feira (24) é comemorado o Dia Nacional do Café, bebida que se tornou parte integrante da cultura e do cotidiano do país que é o maior produtor e exportador do grão no mundo, representando mais de 30% da produção global.
A data nacional foi instituída em 2005 pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), e marca o início da colheita do produto em boa parte do território. De acordo com a Abic, aproximadamente nove em cada dez brasileiros consomem a bebida regularmente todos os dias, com uma média de 1.430 xícaras de café por ano, sendo a bebida mais consumida depois da água.
Apesar dos números expressivos, o país não está entre os maiores consumidores. Finlândia, Suécia e Bélgica lideram o ranking.
Internacionalmente, a bebida é celebrada no dia 14 de abril, considerado o Dia Mundial do Café. No Brasil, a data serve como uma maneira de estimular o interesse da população pelo produto, além de representar uma data comercial para celebrar as formas diferentes de fazer café, já que também é comemorado o dia do barista.
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Além das comemorações nos meses de abril e maio, existe ainda uma terceira data para celebrar a exitência do café. No dia 1º de outubro se comemora o Dia Internacional do Café, quando todos os países do mundo celebram a bebida. A data é a oficialmente reconhecida pela Organização Internacional do Café.
Conheça mais sobre o café
A bebida, preparada a partir dos grãos de café torrados e moídos, tem uma composição complexa e variável. Os baristas são pessoas treinadas na forma de selecionar e preparar o café, e utilizam essas características para desenvolver bebidas com composição e estímulos sensoriais especiais.
A composição da bebida pode variar em função do tipo de grão, método de torra e método de preparo — que pode ter combinações da temperatura da água, espessura da moagem, tempo de filtragem e dos equipamentos utilizados para o preparo.
De acordo com o artigo publicado no último dia 14 de maio, pela professora da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, Teresa Helena Macedo da Costa, o café tem características funcionais significativas, devido ao seu conteúdo de compostos como xantinas, polifenóis e flavonóides.
"A cafeína é uma xantina presente no café, porém o consumo de café deve ser separado do consumo de cafeína isolada. Isso porque a bebida contém outras substâncias que desempenham papéis importantes no metabolismo: os polifenóis e flavonóides, que atuam como antioxidantes que protegem o organismo", explica a professora.
O café também fornece magnésio, cromo, manganês e niacina — uma vitamina formada durante o processo de torrefação do café.
"Por sofrer torrefação e extração em água quente, e ser consumido como uma bebida, ele apresenta uma metabolização mais fácil dos compostos e, por isso, uma capacidade antioxidante significativa quando comparado com outras fontes desses compostos como chás, frutas e hortaliças", afirma Teresa Helena.
Por conta dessas características, o consumo da bebida está muito associado a efeitos cognitivos, neuromusculares, endócrinos e metabólicos. O café também esstá relacionado a redução do risco de algumas doenças e condições como diabetes mellitus tipo 2, Parkinson, Alzheimer, morte por doenças inflamatórias e mortalidade em geral.
"O consumo de café está associado a melhora no desempenho cognitivo, manutenção do estado de alerta, desempenho e recuperação em esportistas. O consumo médio no Brasil é de uma e meia xícara, ou cerca de 163ml por dia. O consumo de 2 a 4 xícaras, entre 240 a 480 ml, por dia, é o total sugerido em função do conteúdo de cafeína que não deve exceder 400mg por dia", conclui a pesquisadora.