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LENDAS

Dia do Folclore: veja as principais lendas brasileiras que atravessam gerações

Data é regada de histórias que permanecem no senso popular

Lendas atravessam geraçõesLendas atravessam gerações - Foto: Tumisu/Pixabay

A vasta cultura brasileira permite que a população guarde na caixa das lembranças as mais inusitadas lendas folclóricas, que atravessam gerações e, mesmo atualmente, despertam curiosidade quanto à execução das histórias.

Nesta quinta-feira (22), Dia do Folclore, a Folha de Pernambuco separou as principais e mais curiosas histórias que, há séculos, permanecem vivas no imaginário.

1. Boto-Cor-de-Rosa
Geralmente mais relembrada durante o período junino, a história do Boto-Cor-de-Rosa se passa no Norte do Brasil. O animal marinho se transforma em um homem muito bonito que está sempre de chapéu. As narinas dele ficam no topo da cabeça.

Boto Cor-de-Rosa | Foto: Mônica Imbuzeiro/Creative Commons

Ao encontrar uma mulher que considera atraente, ele a engravida, mas ela nunca mais volta a ver o pai da criança. É por isso que, quando alguma jovem diz que não viu mais o pai do filho dela, as pessoas dizem que ele é o Boto-Cor-de-Rosa.

2. Curupira
A criatura, que tem características de um menino, com os pés voltados para trás e o corpo cheio de pelos, tem a missão de proteger florestas, árvores e animais. O personagem é tão antigo que no século 16 já havia referências a ele. 

O Curupira | Foto: Creative Commons

Por ter os pés no sentido contrário, o Curupira confunde os perseguidores dele, uma vez que as pegadas indicam o caminho errado. Curupira é inimigo dos caçadores e lenhadores.

3. Iara
Considerada como uma sereia de água doce, no Norte do País, Iara vive no fundo dos rios e é marcada por longos cabelos pretos. Da cintura para baixo, ela tem forma de peixe.

Iara | Foto: Creative Commons

Ela costuma tomar sol nas pedras do rio, durante as tardes, e tem o poder de seduzir os homens com o canto mágico que lhe é peculiar. Dessa forma, a sereia leva os homens que seduz para o fundo do rio, e eles nunca mais voltam.

4. Mula sem Cabeça
É uma entidade que costuma aparecer perto das igrejas. Outra forma de ver a Mula sem Cabeça é passar correndo diante de uma cruz, quando for meia-noite. A lenda diz que a mula é uma mulher que foi castigada por ter um relacionamento amoroso com um padre.

A Mula Sem Cabeça | Foto: Creative Commons

Na madrugada de quinta para sexta-feira, esse ser assustador vai a uma encruzilhada, onde se transforma no que todo mundo conhece. A principal característica dela é soltar fogo pelas ventas. Há quem diga, inclusive, que ela tem cabeça.

Se, por mero azar, alguém encontrá-la, tem que deitar de bruços, esconder as unhas e os dentes. Só assim vai conseguir a graça de sair ileso e sobrevivente dessa experiência nada agradável.

5. Saci Pererê
É impossível falar de lendas folclóricas sem relembrar do menino negro, de carapuça vermelha, que fuma sempre um cachimbo e tem uma perna só. Ele é descrito como malévolo e travesso, uma vez que a carapuça vermelha o dá poderes sobrenaturais. Ele também pode ser encontrado em redemoinhos.

Saci Pererê | Foto: Creative Commons

Essa entidade folclórica adora infernizar a vida das pessoas, escondendo as coisas, perturbando os animais e aprontando todas para gerar o descontrole geral. Diz a lenda que se alguém jogar uma peneira ou um rosário no redemoinho do Saci pode prendê-lo, o que não seria uma má ideia, diante de tantas peripécias.

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