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CULTURA

Frevo é celebrado com desfiles em ladeiras de Olinda, e Cariri e Homem da Meia-Noite no Recife 

No Paço do Frevo, no Recife, dois gigantes de Olinda uniram suas chaves de Carnaval 

Dia do Frevo diante do Paço do Frevo, com a presença do Homem da Meia Noite e o Cariri OlindenseDia do Frevo diante do Paço do Frevo, com a presença do Homem da Meia Noite e o Cariri Olindense - Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

O Dia Nacional do Frevo, comemorado a cada 14 de setembro do calendário, é vivido com muita cor e disposição em Pernambuco. Em Olinda, desfilam pelas ladeiras da cidade, desde as 18h, o Clube Elefante e a Troça da Pitombeira. O ponto de encontro será nos Quatro Campos, ao som da Orquestra Henrique Dias.

Na capital pernambucana, o Paço do Frevo, no Bairro do Recife, funcionou de forma especial até as 21h desta quinta-feira (14).

Homem da Meia Noite e Cariri Olindense diante do Paço do Frevo, com a chaveHomem da Meia Noite e Cariri Olindense diante do Paço do Frevo, com as chaves - Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

Mais cedo, pouco depois das 20h, houve, nas proximidades do local, uma apresentação do tradicional Bloco da Saudade, que serviu de “esquenta” para o desfile, que teve as presenças do Homem da Meia-Noite e do Cariri Olindense.

Em símbolo de união, os dois apresentaram suas chaves do Carnaval às centenas de foliões que participaram assistindo ao momento com dança, confetes e serpentinas.

Bastante emocionada, a diretora do Paço do Frevo, Luciana Félix, vibrou a recepção dupla. “O coração está acelerado e as lágrimas quase caindo. Hoje é o Dia Nacional do Frevo e aqui é um centro de referência. Faz todo sentido celebrar à altura que o frevo merece e no coração do Recife. Recebemos os gigantes”, disse.

Diretor do Cariri, Hilton Santana exaltou a participação da troça no evento e, expandindo o cenário cultural, colocou as cidades Olinda e Recife juntas no quesito carnavalesco, após citar o bairrismo sustentado pela população dos dois.

Ele também fez críticas voltadas à falta de valorização financeira do poder público com a cultura local, trazendo como exemplo a falta de pagamento do cachê aos profissionais que se apresentaram em fevereiro.

“Essa é a primeira apresentação que estamos fazendo no ano. É muito significativo e importante para nós. Somos muito bairristas, mas referências no carnaval de rua. Olinda e Recife se complementam nesse sentido. Isso tem um simbolismo muito grande para nós que fazemos frevo e cultura popular, apesar de uma pouca valorização do poder público. Estamos em setembro e a Prefeitura de Olinda ainda não pagou o cachê das nossas apresentações do carnaval e isso é uma falta de respeito com quem faz cultura popular”, desabafou o diretor.

Quem também esteve presente no encontro foi o secretário de Cultura do Recife, Ricardo Mello. Ele projetou a continuidade de ações como essa em mais espaços públicos.

“A gente vive o frevo no nosso dia a dia, no cotidiano. Usamos para mostrar o Recife como uma matriz de cultura popular. Faz parte da vida das pessoas. Nosso grande trabalho e empenho é para que isso aconteça cotidianamente, presente nas ruas, praças e espaços públicos. O frevo emociona todo mundo e chama atenção para nossa riqueza multicultural”, disse.

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