Diante de risco de ataque iraniano a Israel, EUA reforçam posições militares no Oriente Médio
Pentágono afirma que medida é "precaução", e que não tem informações de que as forças americanas possam ser atingidas pelo Irã
Diante da ameaça de um “iminente” ataque iraniano contra Israel, em resposta ao bombardeio do complexo diplomático do Irã em Damasco, no começo do mês, o Pentágono anunciou, nesta sexta-feira, que estava “reforçando” suas posições no Oriente Médio, sem indicar, contudo, que suas forças correm riscos.
Citado pela CNN, uma fonte do Departamento de Defesa sinalizou que a movimentação está centrada no fortalecimento dos sistemas de defesa aérea das bases e instalações usadas pelos militares no Iraque e Síria. Não há uma indicação clara de que essas forças serão atacadas pelo Irã, mas o representante militar disse que a movimentação é uma medida de precaução, ainda mais diante do histórico recente na área.
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Desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, os EUA afirmam terem sofrido mais de 160 ataques de grupos armados aliados do Irã no Iraque e na Síria, que deixaram 120 feridos — no mais grave deles, em janeiro, três militares americanos morreram quando um drone armado com explosivos atingiu uma base na fronteira entre Síria e Jordânia. Em resposta, os EUA lançaram, em fevereiro, uma série de ataques aéreos contra esses grupos.
Apesar dos laços militares e políticos cultivados com as milícias, Teerã tem tentado se desvencilhar desses ataques, como parte da estratégia de evitar se envolver em um conflito generalizado no Oriente Médio. Embora as duas nações não tenham relações diplomáticas desde 1979, houve contatos indiretos para conter uma eventual escalada: um exemplo disso ocorreu em março, quando o Financial Times revelou uma série de conversas, mediadas por Omã, centradas nos ataques da milícia houthi (também aliada do Irã) contra navios comerciais no Mar Vermelho.