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Mudanças Climáticas

Diminui "janela de oportunidade" para limitar aquecimento a 1,5ºC, diz ONU

O IPCC divulgou nesta segunda-feira seu sexto relatório de síntese desde a criação do grupo

Nesta foto de arquivo tirada em 17 de agosto de 2021 Um urso polar é visto em blocos de gelo no Canal Britânico no arquipélago de Franz Josef Land em 16 de agosto de 2021Nesta foto de arquivo tirada em 17 de agosto de 2021 Um urso polar é visto em blocos de gelo no Canal Britânico no arquipélago de Franz Josef Land em 16 de agosto de 2021 - Foto: Ekaterina Anisimova / AFP

"A janela de oportunidade" para limitar o aquecimento global a 1,5°C grau está diminuindo, embora "ainda exista", disse à AFP, nesta segunda-feira (20), o chefe das Nações Unidas encarregado do clima, após um relatório do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

O documento "expõe em termos muito claros onde estamos, mas também aponta que sempre existe uma possibilidade, com um esforço mundial significativo, de atingir o objetivo de 1,5°C", destacou Simon Stiell, secretário-executivo da ONU para as mudanças climáticas.

"A janela de oportunidades diminui, mas ainda existe”, acrescentou, paralelamente a uma reunião preparatória para a 28ª conferência do clima da ONU (COP28).

O IPCC divulgou nesta segunda-feira seu sexto relatório de síntese desde a criação do grupo, um resumo de todo o conhecimento sobre o aquecimento global.

Apesar de previsões cada vez mais alarmantes, o relatório pretende passar "uma mensagem de esperança", apontando que ações mais contundentes permitiriam atingir a meta de conter a elevação da temperatura do planeta a 1,5ºC em relação à era pré-industrial.

Segundo o IPCC, o aquecimento alcançará essa barreira nos anos 2030-2035, e já aumentou, em média, 1,2°C. Esta projeção é válida em quase todos os cenários de emissão de gases do efeito estufa da humanidade a curto prazo estabelecidos pelo grupo de cientistas.

Stiell convocou o mundo a agir, mas se dirigiu, especialmente, ao G20, grupo que reúne as economias mais avançadas do planeta. “Sabemos que 80% das emissões foram produzidas pelo G20. É um ponto de partida muito claro”, disse o funcionário da ONU.

Esses países representam 85% do PIB mundial, e contam, portanto, com "a tecnologia e capacidade financeira para responder à crise", destacou o secretário.

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