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Diplomatas argentinos expulsos da Venezuela chegam a Buenos Aires

A Venezuela expulsou diplomatas de outros países da região que exigiram ao governo a apresentação das atas do escrutínio

Manifestante segurando bandeira da Venezuela em protesto contra a reeleição o presidente Nicolás Maduro em frente à Casa Branca em Washington, DCManifestante segurando bandeira da Venezuela em protesto contra a reeleição o presidente Nicolás Maduro em frente à Casa Branca em Washington, DC - Foto: Daniel Slim / AFP

Os diplomatas argentinos expulsos pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, eleito no último domingo em meio a acusações de fraude, chegaram este sábado (3) à Argentina, país que reconheceu o opositor Edmundo González Urrutia como verdadeiro vencedor das eleições.

“Tivemos que desmantelar uma vida em três dias”, disse, neste sábado, o encarregado de negócios argentino da embaixada na Venezuela, Andrés Mangiarotti, a vários meios de comunicação ao chegar ao aeroporto de Buenos Aires.

Junto com outras 13 pessoas, Mangiarotti embarcou na quinta-feira (1º) em uma viagem de 72 horas para retornar ao seu país após a expulsão ordenada por Maduro na segunda-feira.

O diplomata relatou que eles sofreram cortes de energia na embaixada e que “houve presença policial durante a noite".

“Na noite de segunda para terça chegaram viaturas policiais, com pessoas encapuzadas, e pensou-se que o pior poderia acontecer, principalmente os requerentes de asilo, que estão nessa condição porque temem pelas suas vidas”, disse Mangiarotti.

A Venezuela expulsou diplomatas de outros países da região que exigiram ao governo a apresentação das atas do escrutínio ou que, tal como no caso argentino, apontaram fraude e reconheceram o candidato da oposição González Urrutia como vencedor das eleições presidenciais realizadas em 28 de julho.

Após repetidos pedidos de transparência, Argentina, Uruguai, Equador, Costa Rica e Panamá reconheceram na sexta-feira a vitória da oposição. O Peru foi o primeiro a reconhecer González Urrutia como vencedor, na terça-feira. Os Estados Unidos indicaram que existem “evidências contundentes” que certificam o adversário como o vencedor da votação.

O Brasil, por sua vez, se encarregou da custódia e representação temporária da Embaixada da Argentina na Venezuela, bem como da segurança dos opositores que ali se encontram.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) deu a vitória a Maduro com 52% dos votos, acima dos 43% atribuídos a González Urrutia, representante da líder desqualificada da oposição, María Corina Machado. Resultados detalhados não foram apresentados.

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