Dirigente do Hamas discute na Rússia meios para "deter" a guerra em Gaza
A ofensiva israelense em Gaza, onde antes da guerra viviam 2,4 milhões de pessoas, deixou até o momento 42.792 mortos
Uma autoridade do Hamas chegou, nesta quarta-feira (23), em Moscou à frente de uma delegação para discutir sobre os meios de "deter" a guerra entre Israel e o movimento islamista palestino em Gaza, informou à AFP uma fonte do grupo.
O dirigente, Musa Abu Marzuk, se reunirá com as autoridades russas para discutir "as formas de deter a agressão e a guerra contra Gaza e na região" e sobre os esforços da Rússia para unificar as facções palestinas, disse a fonte, sob anonimato.
Abu Marzuk é membro do gabinete político do Hamas, com sede no Catar, e é considerado uma figura pragmática em relação às negociações, aberto à possibilidade de um cessar-fogo a longo prazo com Israel.
Leia também
• EUA aportará US$ 20 bi para crédito destinado pelo G7 à Ucrânia, diz Yellen
• Comitê de 5 membros dirigirá Hamas interinamente, segundo fontes do movimento palestino
• Israel lança folhetos sobre Gaza com fotos do corpo de Sinwar: 'Hamas não governará mais'
No início desta semana, duas fontes do Hamas disseram que o movimento, no poder em Gaza desde 2007, avaliava nomear uma direção coletiva após o assassinato de seu líder, Yahya Sinwar, por tropas israelenses na semana passada no sul do território palestino.
Os líderes que participam da cúpula de potências emergentes do Brics na cidade russa de Kazan pediram nesta quarta-feira a paz no Oriente Médio e na Ucrânia, que enfrenta uma ocupação militar russa.
A guerra em Gaza começou em 7 de outubro de 2023, quando comandos islamistas mataram 1.206 pessoas, em sua maioria civis, e sequestraram 251, segundo uma contagem baseada em dados oficiais israelenses que inclui os reféns mortos em cativeiro em Gaza.
Dos 251 sequestrados, 97 permanecem cativos em Gaza, mas 34 deles foram declarados mortos pelo Exército.
A ofensiva israelense em Gaza, onde antes da guerra viviam 2,4 milhões de pessoas, deixou até o momento 42.792 mortos, em sua maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.