Disque-denúncia divulga cartaz com "falsa vidente" e o pai, por golpe milionário contra idosa; veja
Diana Rosa e Slavko Vuletic estão foragidos
A Polícia Civil do Rio divulgou neste sábado (13) o cartaz do Disque-denúncia que pede pistas sobre Slavko Vuletic e Diana Rosa, pai e filha, ambos suspeitos de terem participado do golpe milionário contra Geneviève Boghici, de 82 anos.
A idosa é viúva do colecionador romeno Jean Boghici. O golpe foi articulado por uma família, que incluía falsas videntes, como Diana, e teve início há cerca de três anos. A vítima teve roubados obras de arte, joias e dinheiro, por meio de transferência bancária, num prejuízo que ultrapassou R$ 724 milhões. A filha da idosa, Sabine Boghici, está envolvida no esquema, desarticulado na Operação Sol Poente, deflagrada na manhã da última quarta-feira (10).
Segundo as investigações da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti), a idosa foi abordada em janeiro de 2020 e a ela foram oferecidos serviços espirituais para evitar que sua filha morresse. O golpe foi camuflado sob o pretexto de pagamentos pelo tratamento e se aproveitava do "lado místico" da vítima.
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Quatro pessoas envolvidas no golpe já foram presas, entre elas Sabine Coll Boghici, que é suspeita não só de armar o esquema contra a própria mãe, mas também de praticar violência contra a idosa. Segundo a polícia, Diana Rosa, ainda foragida, tem passagens pelos crimes de extorsão e estelionato, calúnia, falsidade ideológica e injúria por preconceito. Ela chegou a ser presa em abril, em Ipanema, na Zona Sul do Rio, por agentes da 13ª DP, pelo crime de estelionato contra uma mulher desempregada, mas teve liberdade provisória concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio após uma audiência de custódia. O Disque-denúncia alerta que Rosa possui tatuagens na altura da mão direita e esquerda, conforme a foto divulgada.
Slavko Vuletic, pai de Diana Rosa e Rosa Stanesco, uma das presas, também participou do esquema, chegando a receber transferências efetuadas entre os dias 22 de janeiro e 5 de fevereiro de 2020. O dinheiro, segundo a investigação, era supostamente para pagar trabalhos espirituais para a “falsa cura” de Sabine Boghici. O valor transferido chegou a mais de R$ 5 milhões, informou a polícia.