"Ditador incansável": ministro de Lula diz que posse de Maduro é desrespeito à democracia
Posse de Maduro aconteceu nesta sexta, com a presença de comitivas do PT e MST
O ministro dos Transportes do governo Lula, Renan Filho, expressou indignação com a posse do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para o seu terceiro mandato consecutivo no país nesta sexta-feira.
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Renan Filho afirmou, em publicação no X, que "a tomada do governo pela força bruta e sem legitimidade precisa ser condenada por todos defensores da democracia", e que repudia o "truculento regime que se impõe mais uma vez hoje" com a posse de Maduro, a quem chamou de "ditador incansável".
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, também usou as redes para repudiar a posse do venezuelano, afirmando que o evento é "um ataque aos princípios democráticos", e que o povo do país "merece liberdade e um futuro de paz e prosperidade".
Maduro tomou posse na Venezuela nesta manhã, apesar de evidências confiáveis de que seu oponente venceu as últimas eleições e em meio a protestos contra seu plano de permanecer mais seis anos no poder. O evento da posse do líder chavista foi organizado pela Assembleia Nacional, também controlada pelo partido governista, no Palácio Federal Legislativo, em Caracas.
A cerimônia ocorreu com a presença de comitivas do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).
— Eu juro que este novo mandato presidencial será o mandato da paz — disse Maduro diante do presidente do Parlamento, Jorge Rodríguez, que respondeu declarando o líder chavista como presidente constitucional da República Bolivariana de Venezuela.
A posse de Maduro ocorre apenas horas após centenas de manifestantes contrários ao governo tomarem as ruas da capital. Assessores da líder da oposição, María Corina Machado, denunciaram que ela foi brevemente detida por forças de segurança enquanto participava do protesto.