Internacional

Documentos foram rasgados por Trump no centro da investigação do ataque ao Capitólio

Os papéis fazem parte da investigação sobre possível responsabilidade do ex-presidente no golpe contra o Congresso

Ex-presidente dos Estados Unidos, Donald TrumpEx-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - Foto: Mandel Ngan/AFP

A comissão legislativa que investiga o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos em janeiro do ano passado tem em seu poder uma série de documentos rasgados por Donald Trump quando ele estava na Casa Branca, informou o Washington Post. 

Os papéis vêm do Arquivo Nacional, encarregado de manter todos os documentos de trabalho de um presidente depois que ele deixa a Casa Branca. 

"Entre os documentos presidenciais recebidos pelo Arquivo Nacional estavam documentos em papel que foram rasgados pelo ex-presidente Trump", confirmou a instituição em comunicado à AFP. 

Algumas folhas foram "coladas" por "funcionários de gerenciamento de registros da Casa Branca", acrescentou. Outras permaneceram como estavam. 

Segundo o The Washington Post, esses documentos fazem parte de mais de 700 páginas entregues pelo Arquivo Nacional à comissão parlamentar que está investigando se Trump foi o responsável pelo golpe contra o Congresso por seus apoiadores em 6 de janeiro de 2021.

Consultada pela AFP, a chamada comissão "6 de janeiro" recusou-se a esclarecer quais documentos estava em sua posse e quais especificamente foram rasgados. Mas em meados de janeiro anunciou que começara a receber certos documentos "que o ex-presidente esperava manter escondidos". 

Entre as 700 páginas de arquivos recebidos estão as listas de quem visitou o ex-presidente norte-americano ou ligou para ele em 6 de janeiro, além de anotações feitas durante essas trocas. 

A comissão, formada por maioria de parlamentares democratas, pretende ouvir vários familiares do ex-presidente republicano. Alguns deles receberam intimações e outros, como sua filha Ivanka Trump, foram simplesmente convidados a testemunhar. 

Os parlamentares da comissão querem desesperadamente publicar suas conclusões antes das eleições de novembro, nas quais os republicanos podem recuperar o controle da Câmara e arruinar seu trabalho.

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