Dois condenados à morte em Gaza por "colaboração" com Israel
Em Gaza, um território palestino submetido a um bloqueio israelense desde 2007, vivem cerca de 2,3 milhões de pessoas
Seis habitantes da Faixa de Gaza foram condenados por "colaboração" com Israel, dois deles à pena de morte, anunciou, nesta segunda (03), um tribunal do Hamas, o movimento islamista que governa esse território palestino.
O Tribunal Supremo Militar, encarregado de julgar os membros de grupos armados palestinos, indicou que um dos condenados será fuzilado e que outro seria executado na forca.
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Os outros quatro foram condenados a trabalhos forçados até o fim da vida, segundo um comunicado da corte, que não os identificou e nem deu mais detalhes sobre o caso.
Segundo a lei palestina, as condenações à morte devem ser confirmadas pelo presidente da Autoridade Palestina, cargo ocupado por Mahmud Abas.
Porém, desde que o Hamas chegou ao poder em Gaza, em 2007, o movimento islamista governa sem a coordenação da Autoridade Palestina, radicada na Cisjordânia ocupada.
Em setembro, o Hamas realizou execuções em Gaza pela primeira vez em cinco anos, as de cinco palestinos - dois deles, condenados por "colaboração" com Israel e três, por assassinato. Até então, a maioria das condenações à morte não haviam sido executadas.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos criticou duramente essas execuções. A ONG Human Rights Watch (HRW) qualificou a "pena de morte infligida por um governo" como "prática selvagem que não tem lugar no mundo moderno".
Em Gaza, um território palestino submetido a um bloqueio israelense desde 2007, vivem cerca de 2,3 milhões de pessoas.