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Estados Unidos

Dona de funerária é condenada a 20 anos de prisão por vender partes de corpos nos Estados Unidos

Megan Hess foi acusada de dessecar e comercializar 560 cadáveres sem a autorização das famílias

As mulheres também comercializavam corpos de pessoas portadoras de doenças infecciosasAs mulheres também comercializavam corpos de pessoas portadoras de doenças infecciosas - Foto: Reprodução/Youtube

Uma mulher de 45 anos, proprietária de uma funerária no Colorado, nos Estados Unidos, foi condenada a 20 anos de prisão por vender restos mortais para fins de pesquisa. A sentença foi proferida nessa terça-feira (3). 

Megan Hess foi acusada de dessecar e comercializar 560 cadáveres sem a autorização das famílias. A mulher confessou o crime e informou que a prática acontecia entre os anos de 2010 e 2018. O caso foi divulgado no canal de notícias CBS News.

A mãe de Megan, Shirley Koch, de 69 anos, também foi condenada a 15 anos. Ela alegou ajudar a filha a cortar os cadáveres na funerária Sunset Mesa Funeral Home and Donor Services. Ambas foram presas por violações a cadáveres em 2020 e aguardavam julgamento.

Mãe e filha ofereciam aos familiares das vítimas o serviço de cremação dos corpos pelo valor de US$ 1 mil, porém a investigação apontou que as cinzas entregues eram falsas.

"Hess e Koch usaram sua casa funerária para literalmente roubar corpos e partes de corpos usando formulários de doação falsos e enganosos", afirmou o promotor Tim Neff.

Um dos processos indicou que algumas famílias chegaram a concordar em doar pequenos fragmentos de pele e tumores dos mortos para fins científicos, mas "partes do corpo ou corpos inteiros não foram autorizados".

As mulheres também comercializavam corpos de pessoas portadoras de doenças infecciosas, como hepatites B e C e HIV, sem informar aos compradores sobre a condição.

Nos Estados Unidos, a venda de órgãos é ilegal, porém a comercialização de partes do corpo, como braços, pernas e cabeça, para uso em pesquisa ou educação, não é regulamentada por lei federal, abrindo brecha para que Megan Hess e Shirley Koch praticassem a atividade.

A investigação apontou que cada parte do corpo era vendida por cerca de US$ 1 mil. Um ex-funcionário da funerária informou que Megan ganhou mais de US$ 40 mil ao vender dentes de ouro de mortos.

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