SAÚDE

Dormir mais nos fins de semana pode reduzir o risco de doenças cardíacas em 20%, segundo estudo

Recuperar o sono perdido durante a semana ajuda a diminuir a probabilidade de doença arterial coronária, insuficiência cardíaca, arritmia e AVC

DormirDormir - Foto: Pexels

Recuperar o sono perdido no fim de semana pode reduzir o risco de doenças cardíacas em até um quinto, de acordo com uma pesquisa apresentada no encontro anual da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) esta semana.

O trabalho se opõe a pesquisas anteriores que enfatizaram a importância de manter um horário regular de sono - mesmo aos finais de semana.

“Um sono compensatório suficiente está ligado a um menor risco de doenças cardíacas”, disse em comunicado o coautor do estudo, Yanjun Song, do Centro Nacional de Doenças Cardiovasculares da China.

“A associação torna-se ainda mais pronunciada entre indivíduos que regularmente têm sono inadequado durante a semana”.

Os pesquisadores analisaram dados de 90.903 indivíduos envolvidos no projeto UK Biobank. Dos participantes, 21,8% se autodeclararam como privados de sono, dizendo que regularmente não conseguiam dormir sete horas por noite.

Os pesquisadores classificaram os participantes em quatro grupos, desde aqueles que dormiam mais durante as noites de fim de semana até aqueles que dormiam menos.

Medindo o risco de doença cardíaca, os cientistas acompanharam os participantes do estudo após uma média de 14 anos, analisando registos hospitalares e de óbitos relacionados com doença arterial coronária, insuficiência cardíaca, batimentos cardíacos irregulares e acidente vascular cerebral (AVC).

Os resultados mostraram que o grupo que dormia mais durante o fim de semana tinha 19% menos probabilidade de desenvolver doenças cardíacas nos anos seguintes.

Da mesma forma, entre o subgrupo de pacientes que disseram ter privação de sono, aqueles que compensaram isso com longos períodos de descanso tiveram um risco 20% menor de desenvolver doenças cardíacas do que aqueles que dormiram até tarde durante menos tempo.

De acordo com os pesquisadores, o estudo tinha como objetivo combater a falta de evidências sobre se o sono compensatório poderia ajudar a saúde do coração.

No entanto, esse trabalho também tem limitações, como o fato de mais de três quartos dos sujeitos incluídos não relatarem dormir menos de sete horas durante a semana, reduzindo a relevância de muitos dos sujeitos incluídos no estudo.

Além disso, os dados basearam-se no relato de indivíduos sobre os seus hábitos de sono, o que pode ter levado a imprecisões.

A Academia Americana de Medicina do Sono recomenda que os adultos procurem dormir pelo menos sete horas por noite e mantenham uma rotina regular de sono.

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