SAÚDE

Drenagem: o que é, para que serve e como funciona

Procedimento busca estimular o sistema linfático por meio de manobras sobre a pele e reduzir os inchaços chamados de linfedema

Drenagem linfática Drenagem linfática  - Foto: Freepik

A drenagem linfática é um procedimento que envolve manobras com as mãos sobre o corpo do paciente para estimular o sistema linfático, eliminando toxinas e reduzindo os inchaços chamados de linfedemas, provocados pelo acúmulo da linfa. A técnica é segura e pode ser feita, principalmente, de duas formas: a manual e a mecânica, que conta ainda com o auxílio de aparelhos.

O que é drenagem e para que serve?
A drenagem linfática, também conhecida apenas como drenagem, é uma técnica que envolve movimentos com as mãos sobre o corpo para estimular o sistema linfático. Por isso, é comum se referirem a ela como uma massagem, embora seja uma técnica distinta que ativa outros mecanismos corporais.

O que é o sistema linfático?
O sistema linfático é uma parte do sistema imunológico formada por uma rede de vasos e gânglios que transportam a linfa, um fluido composto por glóbulos brancos e outras substâncias para combater infecções. Esse líquido chega até os órgãos e tecidos, o que é positivo, porém algo pode afetar a sua saída. Com isso, acabam se acumulando e causando inchaços, os chamados linfedemas.

O que é drenagem no corpo?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a drenagem linfática utiliza manobras sobre a pele para imitar o bombeamento fisiológico e, com isso, aumentar o volume e a velocidade da linfa, melhorar a circulação linfática, remover os líquidos retidos e diminuir o inchaço. É muito usada em tratamentos estéticos e pós-operatórios.

Além disso, por estimular a linfa pelo corpo, a drenagem linfática está associada a uma melhor oxigenação dos tecidos, eliminação de toxinas e metabólitos, auxílio na cicatrização de um ferimento e de melhora de hematomas, entre outros mecanismos benéficos para o corpo.

Ainda assim, o Centro Médico Cedars-Sinai destaca que, se não houver casos de linfedema, que é o real acúmulo de linfa, a drenagem não promoverá um efeito tão perceptivo de redução de inchaço. Logo, seus efeitos estéticos para a população saudável são limitados.

Quais são os sintomas de um linfedema?
O linfedema acomete mais os braços ou pernas, mas também pode ocorrer em outros locais do corpo. Segundo a Mayo Clinic e a Rede D’Or, alguns sintomas são:

Inchaço de parte ou de todo o braço ou perna, incluindo dedos ou dedos dos pés;

Dor, incômodo e formigamento no local do inchaço;

Sensação de peso nos membros ou no local afetado;

Dificuldade de movimento no local afetado;

Sensação de aperto ou incômodo ao utilizar roupas ou acessórios em contato com a região ;lesionada;

Infecções recorrentes;

Endurecimento e espessamento da pele (fibrose).

Como deve ser feita a drenagem?

A drenagem linfática pode ser feita principalmente de duas formas. São elas:

Drenagem linfática manual
É o método mais comum, também conhecido como drenagem linfática mecânica. Deve ser realizado por profissionais devidamente habilitados. É diferente para cada pessoa, mas no geral envolve manobras suaves, lentas e rítmicas com as mãos sobre o corpo do paciente, seguindo o trajeto do sistema linfático superficial para estimulá-lo, sem causar dor.

De modo diferente de uma massagem tradicional, ela utiliza pressões suaves e lentas e não busca estimular a circulação sanguínea. Por isso, a SBD alerta que é preciso ter cautela ao escolher o profissional, já que muitos oferecem técnicas de massagem simples, as chamando falsamente de drenagem linfática manual.

Drenagem linfática mecânica
Nesse caso, os objetivos são os mesmos da modalidade manual, porém são utilizados em conjunto aparelhos não invasivos que atuam por meio de rolamento, sucção e/ou pressoterapia nos locais de inchaço. A expectativa é que isso potencialize os resultados, por oferecerem uma atuação mais profunda na pele.

Existem riscos na drenagem linfática?
Segundo a Cleveland Clinic, a drenagem linfática é considerada um tratamento seguro no geral. Há, porém, alguns casos em que o procedimento não é recomendado. São eles:

Em caso de uma condição cardíaca;

Em caso de insuficiência renal;

Em caso de coágulos sanguíneos;

Em caso de infecção.

Fontes: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); Mayo Clinic; Cleveland Clinic; Rede D’Or; The Royal Marsden - Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) e Centro Médico Cedars-Sinai.

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