Duas crianças envolvidas no acidente de ônibus, em Chã Grande, recebem alta hospitalar
Demais vítimas estão no Hospital da Restauração, no Recife
O Hospital da Restauração atualizou, nesta quinta-feira (24), o boletim médico das vítimas do acidente com um ônibus escolar, que caiu numa ribanceira, após capotar, na manhã da última quarta (23). De acordo com o comunicado, duas crianças, de 7 e 10 anos, receberam alta médica, na manhã desta quinta. O monitor, de 22 anos, recebem alta ainda pela madrugada.
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As outras 12 crianças vítimas do acidente passaram por exames e permanecem estáveis, em bom estado. Elas continuam em observação por uma equipe multiprofissional de pediatria do HR.
O que diz a Polícia Civil?
A reportagem da Folha de Pernambuco entrou em contato com a Polícia Civil do Estado, que disse, por meio de nota, que as investigações sobre as causas do acidente foram iniciadas e seguem até esclarecimento do caso.
Relembre o acidente
O coletivo que capotou levava, além do motorista e do monitor, de 22 anos, 15 alunos da rede municipal de Chã Grande, de 3 a 12 anos. O SAMU informou que a ocorrência foi registrada por volta do meio-dia, na região do Sítio dos Macacos, Zona Rural do município.
O número de vítimas, inicialmente, segundo a própria Prefeitura de Chã Grande era de 14 alunos que se dirigiam à Escola Laerte Pedrosa, porém, pelas 16h, o número foi atualizado para 15, além do motorista e monitor.
Logo depois do acidente, o motorista do ônibus passou por testes de alcoolemia, feitos pela Polícia Militar. O resultado apresentou negativo para o consumo de álcool.
Assim que atendidas pelo SAMU, as vítimas foram levadas para um hospital local. Após os primeiros socorros, cinco alunos e o monitor foram levados para o Hospital da Restauração. Mas, para realização de exames específicos, as outras vítimas foram transferidas para o HR.
Em abril, TCE já apontava precariedade em 99% dos ônibus escolares
Um levantamento feito pelo Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) verificou que 99% dos ônibus escolares pernambucanos não possuem condições mínimas de funcionamento. Os dados foram divulgados em abril deste ano. Do total, 96% não possuíam o selo de inspeção emitido pelo Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE). A operação fiscalizadora observou a qualidade do serviço do transporte escolar oferecido aos alunos de escolas públicas municipais do Estado.
Na época, foram inspecionados 831 veículos dos 183 municípios de Pernambuco, exceto o Recife. Nos dados divulgados, 62% dos condutores não possuíam curso para condução de ônibus escolares, 22% apresentavam irregularidades com habilitação, 67% dos veículos tinham problemas nos cintos de segurança, 78% dos coletivos possuíam irregularidades no tacógrafo e 30% dos veículos tinham pneus carecas.
Confira abaixo os dados divulgados em abril pelo TCE-PE:
Irregularidades em cintos de segurança - 67%
Condutores sem curso para condução de ônibus escolar - 62%
Veículos sem selo de inspeção do DETRAN - 96%
Veículos com pneu careca - 30%
Condutores com habilitação irregular - 22%
Veículos com irregularidades no tacógrafo - 78%
Idade dos veículos:
0 a 5 anos: 184 (22,72%)
6 a 10 anos: 217 (26,79%)
11 a 15 anos: 248 (30,62%)
16 a 20 anos: 56 (7%)
21 a 30 anos: 83 (10%)
Mais de 30 anos: 22 (3%)