'É um crime', diz Maduro sobre sanções contra a Rússia por invasão da Ucrânia
Presidente venezuelano declara 'forte apoio' ao presidente russo, Vladimir Putin
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, classificou nesta quarta-feira (2) como "crime" e "loucura" a bateria de sanções ocidentais contra a Rússia, após Moscou ordenar a invasão da Ucrânia há uma semana.
"O que eles estão fazendo contra o povo russo é um crime, uma guerra econômica", criticou Maduro, reiterando seu apoio ao presidente russo, Vladimir Putin, um importante aliado, em relação ao "conflito na Ucrânia".
"Eles os tiraram do sistema (bancário) SWIFT, fecharam seu espaço aéreo, fecharam todos os laços comerciais, fecharam e proibiram o uso do dólar, o que estão fazendo com a Rússia é uma loucura", insistiu Maduro em um ato transmitido na televisão estatal.
A Rússia tem sido alvo de sanções econômicas por parte dos Estados Unidos, Europa e outros países aliados em retaliação à invasão da Ucrânia, que buscam punir a moeda russa, o setor bancário, as companhias aéreas, entre outros alvos.
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"As guerras econômicas devem cessar e terminar no mundo, os problemas do mundo devem ser resolvidos diplomaticamente, politicamente, preservando a paz mundial", disse Maduro, sem criticar as ações militares russas na Ucrânia.
De fato, o presidente venezuelano, também alvo de sanções que tentaram, sem sucesso, removê-lo do poder, conversou por telefone com Putin na terça-feira para expressar "forte apoio" à sua campanha militar.
Moscou tem sido um aliado fundamental da Venezuela desde a época do falecido presidente Hugo Chávez e continuou com Maduro que, blindado por essa relação, conseguiu evitar medidas punitivas contra ele.
Chávez (1999-2013) apoiou a Rússia durante o ataque à Geórgia em agosto de 2008 pelo controle da Ossétia do Sul. Após o conflito, Moscou reconheceu a independência desta província e da Abkhazia, outra região georgiana separatista pró-Rússia.
Seu governo também comprou centenas de milhões de dólares em armas e equipamentos militares russos em meio a um boom do petróleo que terminou em 2014.