RIO DE JANEIRO

"É um criminoso em série", diz delegada sobre anestesista preso por estupro de paciente

O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra é investigado por outros cinco casos em que ele teria agido de forma semelhante, com alta sedação para o abuso

Médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, preso suspeito de abusar de pacienteMédico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, preso suspeito de abusar de paciente - Foto: Reprodução

A delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, disse que o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso por abusar de uma paciente, “é um criminoso em série” e que ele “sedava as vítimas para cometer os crimes”.

A policial informou que vai mandar nesta quarta-feira para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) o celular, os remédios ministrados por ele e a gaze com possíveis restos de materiais biológicos do médico. Ele é investigado por seis casos.

— A gente já sabe que a sedação era desnecessária. Acredito que ele sedava elas para cometer o crime. Por conta disso, ele já comete também uma violência obstétrica por conta da sedação desnecessária — informou a delegada, que completou:

— Pela repetição, são ações criminosamente que observamos e pela característica compulsivas das ações do indicado, podemos dizer que ele é um criminoso em série.
 

A policial disse que vai mandar para o ICCE os prontuários das vítimas para saber o que cada medicação faz no corpo de uma pessoa.

— Quero saber o que faz esses remédios, para que serve, o objetivo dessa medicação — pontuou.

A delegada disse que o Hospital da Mulher, em São João de Meriti, mandou apenas o prontuário da vítima, que teve o crime gravado e as imagens foram usadas para o flagrante, e informações das duas pacientes que foram atendidas por Giovanni horas antes. Entretanto, a unidade de saúde enviou apenas dados pessoais dessas duas mulheres.

— Mandaram o prontuário da vítima abusada e informações de duas outras pacientes. O hospital foi solicitado para mandar as informações de todas as pacientes que ele atendeu nos últimos meses. Mas ainda não mandou. Neste momento estamos investigando seis casos: cinco no Hospital da Mulher e um no Hospital da Mãe, em Mesquita.

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