Logo Folha de Pernambuco

Metrô do Recife

"É uma pena e um desserviço à população a situação em que o metrô está", diz especialista

Paralisações, transtornos, sucateamento e incidentes marcam o cenário do Metrô do Recife

Paralisação da Linha Centro do Metrô do Recife nesta quarta (27)Paralisação da Linha Centro do Metrô do Recife nesta quarta (27) - Foto: Paullo Allmeida/ Folha de Pernambuco

Paralisações, transtornos, sucateamento e incidentes marcam o cenário do Metrô do Recife. O sistema atende a 300 mil passageiros da capital pernambucana e de outros três municípios do Grande Recife, são eles: Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e Cabo de Santo Agostinho. 

De acordo com Francisco Cunha, arquiteto e urbanista pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e militante da mobilidade a pé na cidade do Recife, há pouco tempo, o metrô era considerado um dos melhores em todo o mundo e não tinha os problemas tão frequentes de hoje. Faltam investimento e um olhar mais atento para o equipamento

“É uma pena o metrô estar nessa situação, porque ele, fora o fato de ser de superfície, há pouco tempo atrás, não ficava devendo a metrô nenhum do mundo. Dentro dele você tinha ar-condicionado, as estações eram relativamente bem tratadas e cumpriam um roteiro muito importante na cidade. Ele tinha e tem uma importância enorme. É uma pena e um desserviço à população que precisa se locomover diariamente a situação que o metrô está. É dramática. É hoje um modal de grande importância e se, por um acaso, parar de vez, todo mundo teria um prejuízo enorme”, pontuou. 



Um dia sem funcionamento é um dia de diversos transtornos para a população que depende do equipamento diariamente. A sobrecarga fica nas outras linhas e nos outros transportes coletivos



"Acho isso uma situação gravíssima, porque nós vamos sofrer, o sistema todo sofre. Quando acontece uma coisa dessa com o metrô, e ele entra em processo de degradação, o sistema todo de transporte coletivo sofre. Vai sobrecarregar as outras linhas, os ônibus, vai tirar o passageiro do metrô tradicional e das linhas principais. Nos horários de pico já é uma sobrecarga grande", destacou Francisco.

 


Segundo o arquiteto, não está se alocando recursos suficientes para a manutenção do metrô. “A solução que existe é do governo federal, por conta dessa crise fiscal e do jeito que está sendo levado, ao meu ver de forma irresponsável, não se está alocando os recursos necessários para a manutenção dele. Não tem investimento, vai sucatear os vagões, o material rodante, e daqui a pouco não vai ter nada. O governo federal deveria partir para realizar o que precisa ser realizado, seja para manter como estatal, ou para privatizar como garantia de remuneração da operação”, acrescentou. 

Veja também

Quatro em cada dez jovens negros já foram excluídos no trabalho
Consciência Negra

Quatro em cada dez jovens negros já foram excluídos no trabalho

Príncipe Harry faz tatuagem no pescoço para divulgar os Jogos Invictus
Duque de Sussex

Príncipe Harry faz tatuagem no pescoço para divulgar os Jogos Invictus

Newsletter