Edifício que desabou em Olinda estava interditado pela Prefeitura desde 2001
Ação do MPPE, em 2001, exigiu da seguradora do imóvel a demolição da construção
O Edifício Leme, que desabou parcialmente na noite de quinta (27), em Jardim Atlântico, estava interditado desde 2001 pela Defesa Civil de Olinda, após uma vistoria conjunta entre Estado, Município e Universidade Federal de Pernambuco. Inicialmente, a prefeitura havia dito o ano de 2000.
O laudo apontava “sérios problemas que comprometem a segurança do edifício”, como acúmulo de água dentro do imóvel. Apesar disso, o prédio estava com moradores no momento do desabamento.
Leia também
• Cachorro resgatado do Edifício Leme é devolvido à sua dona
• Bombeiros resgatam cachorro que estava preso no primeiro andar do Edifício Leme
• Defesa Civil de Olinda isola área do edifício que desabou: "Risco de colapso imediato"
O MPPE entrou, em 2001, com uma ação para exigir da seguradora do imóvel a demolição da construção. O documento que relata a interdição do prédio é um processo de 2016. De acordo com informações disponíveis no JusBrasil, ocorreu uma compra de um apartamento no Edifício Leme no final de 2013. Em seguida, a compradora foi até a Prefeitura de Olinda para regularizar o IPTU e descobriu que o imóvel estava interditado para ocupação desde 15 de março de 2001. A ação do MPPE dava conhecimento oficial da precariedade do Edifício Leme.
A Prefeitura de Olinda, por meio da Defesa Civil, divulgou, em 2020, um levantamento que apresentava 98 edifícios tipo caixão com risco de desabamento. Entre eles, o Edifício Leme.
Vítimas
Ao todo, 11 vítimas foram atingidas com o desabamento do Edifício Leme, sendo cinco delas com vida (três mulheres e dois homens). Das seis mortes, dois eram homens e quatro eram mulheres. Na manhã deste sábado (29), o Corpo de Bombeiros resgatou um canário e um cachorro do primeiro andar do segundo imóvel.