despedida

'Ele era um amante da liberdade', diz filha de Ziraldo durante velório do artista, no Museu de Arte

Amigos, familiares e fãs se reuniram neste domingo para despedir-se do desenhista Ziraldo

Cartunista Ziraldo morreu aos 91 anos, neste sábado, 6 de abril de 2024Cartunista Ziraldo morreu aos 91 anos, neste sábado, 6 de abril de 2024 - Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

A diretora de cinema Fabrizia Pinto, uma das filhas de Ziraldo, chegou ao velório de seu pai, que acontece no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio, acompanhada do sobrinho do artista. Emocionada, ela lembrou da importância da obra do pai e do legado que ele deixou para as gerações.

---- Uma pessoa como ele, mudou a história. Ele ficou no Brasil para lutar contra a ditadura. Ele lutou, com a pena, o papel e ideias pequenas. Uma pessoa como essa nunca vai esvair. Ele era um amante da liberdade. De ser cem por cento quem você é como uma criança. Ele não perdeu isso. O adulto vai endurecendo e ele nunca endureceu. Ele tinha um desejo violento de fazer a diferença. Um desejo ativo. Acho que essa ambição de outros mundo que ele queria habitar. Ele deixa a curiosidade. Como artista ele experimentou muito --- Fabrizia relembrou os últimos anos de vida do desenhista e como ele era apaixonado pela leitura.

--- Ele passou os últimos 20 anos viajando o Brasil, indo de escola em escola. Ele achava importante esse prazer da leitura. O mundo digital é perigoso porque talvez tire essa oportunidade.

A cineasta Daniela Thomas, umas das filhas do artista, reforçou o legado deixado pelo pai para a família e aos fã com a obra que atravessou gerações.

---- Uma pessoa cuja obra tem uma grande conexão com a vida particular das pessoas. Quando as pessoas viam aquelas filas gigantes nas bienais, viam o avô, o filho, o neto e o bisneto. Todos com o livro esmagadinho, lido, usado. É um cara que falou com cinco gerações muita intimamente --- afirmou a cineasta.

O desenhista Nefi da Silva Freitas, de 17 anos, também veio dizer adeus ao amigo e companheiro de tantos traços. O jovem afirma que conheceu a obra de Ziraldo aos 11 anos, quando assistia O Menino Maluquinho na Televisão.

---- Desenho que nem o Ziraldo. Eu achava o Menino Maluquinho muito legal. Eu assistia quando chegava da escola. Desde a infância já gostava de desenhar. A partida dele deixará saudade. Não será mais a mesma coisa continuar produzindo sem ele. Ziraldo não vai estar mais aqui, mas as obras dele sim --- afirmou o rapaz.

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