COLISÃO NA TAMARINEIRA

"Ele não estava lúcido", diz psiquiatra ouvido no júri de João Victor Leal

Julgamento está no segundo dia

Psiquiatra Antônio José EçaPsiquiatra Antônio José Eça - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

O segundo dia de julgamento de João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, motorista acusado de causar a colisão que vitimou três pessoas em 2017, no bairro da Tamarineira, no Recife, começou na manhã desta quarta-feira (16) com o depoimento do médico psiquiatra Antônio José Eça, convidado a atuar como perito assistente técnico no caso a pedido da defesa do réu.

O julgamento se realiza no Fórum Rodolfo Aureliano, no Joana Bezerra, região central da capital pernambucana.

Ele [João Victor] não estava lúcido, não estava dentro do normal. Bebeu tanto que nem teve tentativa de desviar”, avaliou o médico, referindo-se ao momento do acidente.

Durante os questionamentos, a defesa do réu argumentou que João Victor é dependente químico e defendeu a hipótese de que ele também possua deficiência mental.

“O senhor acha que a cadeia é lugar para tratamento de um doente mental e de que é a forma certa de fazer justiça?”, perguntou a defesa ao médico psiquiatra.

“A cadeia não é tratamento. Eu acho que estaria fazendo vingança”, respondeu o perito.

Durante o depoimento, o Ministério Público e a a juíza que preside a sessão, Fernanda Moura de Carvalho, pediram atenção para que a defesa e o perito fossem objetivos, sem efetuarem juízo de valor.

Relembre o caso:
Em 26 de novembro de 2017, o então universitário João Victor Ribeiro, que tinha 25 anos na época, conduzia, alcoolizado, um Ford Fusion em alta velocidade e avançou o sinal vermelho no cruzamento da Rua Cônego Barata com a Avenida Conselheiro Rosa e Silva, no bairro da Tamarineira, atingindo um Toyota RAV4, onde estavam cinco pessoas.

A batida provocou a morte da funcionária pública Maria Emília Guimarães, de 39 anos; do filho dela, Miguel Neto, de 3 anos; e da babá Roseane Maria de Brito Souza, de 23 anos, que estava grávida.

O marido de Maria Emília, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, que estava ao volante do Toyota, e a filha Marcela Guimarães, na época com 5 anos, ficaram gravemente feridos, mas sobreviveram. 

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