França

Eleições na França: entenda o que acontece após vitória da esquerda e renúncia de 1º ministro

Contrariando as pesquisas, as projeções iniciais confirmam que o bloco de esquerda Nova Frente Popular será a maior força do Parlamento

Franceses acompanham apuração das eleiçõesFranceses acompanham apuração das eleições - Foto: GEOFFROY VAN DER HASSELT / AFP

Depois de um primeiro turno histórico, eleitores de 506 distritos franceses voltaram às urnas neste domingo para escolher seus representantes no Parlamento.

E contrariando as pesquisas, os resultados confirmaram que o bloco de esquerda Nova Frente Popular se consolidou como a maior força do Parlamento. A coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP) ficou em primeiro lugar, com 182 assentos da Assembleia Nacional.

A extrema direita, liderada pelo Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen e Jordan Bardella — que havia obtido ótimos resultados no primeiro turno — , acabou ficando apenas em terceiro lugar, segundo as projeções, atrás também do bloco do presidente Emmanuel Macron, de centro-direita.

Após os resultados iniciais, o primeiro-ministro Gabriel Attal, do bloco macronista, anunciou que deixará o cargo na segunda-feira.

Entenda o que acontece agora:

O Palácio do Eliseu anunciou que Macron aguarda a “estruturação” da nova Assembleia para “tomar as decisões necessárias”.

O chefe de Estado defende “cautela” diante dos resultados que ainda podem mudar e quer esperar que a Assembleia Nacional tome forma antes de nomear um novo chefe de governo.

Como nenhum bloco conseguiu maioria absoluta, surgem vários cenários possíveis.

Um deles seria uma improvável coalizão entre o bloco da esquerda, o partido no poder e os deputados de direita que não se associaram ao RN, ou mesmo um governo tecnocrata com apoio parlamentar.

Nesse caso, seria possível formar uma maioria absoluta.

Contudo, se as divergências dentro da esquerda já são delicadas, ajustar as arestas entre o líder da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon (LFI), e Macron parece ainda mais difícil.

Apesar da mobilização pelas desistências, o bloco macronista se negou a abdicar dos seus quadros em disputas contra a LFI.

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