CRIMINALIDADE

"Eles desafiaram, e a gente topou", diz delegado, após prisão de membros de facção na Caxangá

Homens integram grupo que atua em Itamaracá. Eles estavam fugindo para Paulista, no Grande Recife

Delegado titular do GOE, José Tenório NetoDelegado titular do GOE, José Tenório Neto - Foto: Paulo Pedrosa/Folha de Pernambuco

Foi após a repercussão de uma live feita no último fim de semana, no Instagram, por dois jovens, de 17 e 18 anos, membros de grupos criminosos que atuam em Itamaracá, no Grande Recife, que o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Policia Civil de Pernambuco conseguiu chegar até eles. A prisão ocorreu no viaduto da avenida Caxangá, no bairro da Iputinga, próximo à BR-101, na madrugada da última terça-feira (27). Eles estavam escondidos no Ibura, Zona Sul do Recife, mas, durante a abordagem policial, fugiam para o município do Paulista, também no Grande Recife.

Veja o vídeo

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Nas imagens do vídeo, os dois, em tom de deboche, duvidavam do trabalho da polícia, chegando a dizer que “nem o Gati os localizava”. Eles mostraram uma pistola 380 e diversas munições. Contudo, segundo o delegado titular do GOE, José Tenório Neto, a corporação aceitou o desafio.

"Nós fizemos uma intervenção tática no viaduto. Eles estavam num carro de aplicativo. O motorista era um homem que não tinha envolvimento com eles. Apenas foi chamado na plataforma. Abordamos o condutor, vimos que não tinha nada a ver com a história e o liberamos. Os homens confessaram que tinham feito a live e nós apreendemos o material que aparece no vídeo. Estavam com a mesma roupa da live. Eles desfiaram as forças de segurança do Estado, o GOE aceitou o desafio e encarou com naturalidade”, disse o delegado.

Os dois fugiram de Itamaracá
Segundo as informações da polícia, o homem de 18 anos fugiu de Itamaracá, ainda no começo de janeiro, por causa de uma desavença com um criminoso, e foi morar o Ibura. Já o menor saiu da ilha na última sexta (23) e estava refugiado nessa residência. Ambos confessaram que são traficantes de uma das organizações que atuam no local.

“A gente não pode afirmar que eles têm envolvimento direto com as mortes das crianças em Itamaracá, porque foram muitas prisões realizadas nesses últimos dias. A Divisão de Homicídios Norte está investigando crime por crime e vai identificar quem causou aquelas mortes e lesões das crianças e adolescentes. O que podemos afirmar é que os que a gente prendeu são membros dessas organizações que, de qualquer forma, indiretamente, são responsáveis por essa guerra”, complementou o delegado.

O que acontece com os dois, a partir de agora?
Após serem interrogados, o adolescente foi encaminhado à Funase, autuado por ato infracional referente ao porte ilegal de arma de fogo. Ele ficará internado no local por 45 dias.

O homem de 18 anos passou por audiência de custódia e, por ser réu primário, foi liberado. Ele foi autuado por porte ilegal de armas e corrupção de menores.

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