Rio de Janeiro

"Eles estavam tranquilos", diz homem que deixou o quiosque na Barra antes de médicos serem mortos

Segundo André dos Santos, que também está no Rio para o congresso de ortopedia, "o clima é bem pesado até para continuar"

Crime ocorreu em um quiosque da Barra da Tijuca, Rio de JaneiroCrime ocorreu em um quiosque da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - Foto: Reprodução/Twitter

Três médicos que vieram ao Rio para um congresso de ortopedia foram executados, na madrugada de quinta-feira (5), num quiosque na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Por pouco, o representante comercial André dos Santos, de 47 anos, que também veio para o evento, não presenciou tudo: ele deixou o local em que o crime ocorreu meia hora antes.

"Eu estava lá, só que eu saí meia hora antes do ocorrido. Eles estavam tranquilos, bebiam cerveja e conversavam. Eu vim para o hotel e nem cheguei a ouvir os tiros. Só fiquei sabendo do assassinato na manhã de hoje. É difícil falar porque todo mundo está muito triste e o clima é bem pesado até para continuar o congresso. Eu estive poucas vezes com o [Marcos de Andrade] Corsato, mas o conhecia, ele é muito famoso em São Paulo" contou André.

"Todos estão muito chocados, tanto os brasileiros quanto as pessoas de fora. Nós tentamos muito focar no que viemos fazer aqui, adquirir conhecimento e ter trocas positivas entre colegas de profissão, mas acordamos em luto. É revoltante essa situação e é lamentável a perda que tivemos para a medicina."

Policiamento no hospital
Vice-presidente da Frente Parlamentar de Medicina no Congresso Nacional, Dr. Luizinho garantiu que haverá reforço do policiamento no Lourenço Jorge, hospital em que Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, que sobreviveu ao ataque, está internado:

"A frente parlamentar se mobilizou para dar apoio às famílias das vítimas para que elas não tivessem que enfrentar tantas burocracias na hora de liberarem os corpos. A polícia vai realizar o reforço na área do crime e no hospital em que o Daniel está internado. A decisão foi de continuar o congresso porque várias pessoas se deslocaram do mundo inteiro. Porém, no sábado, haverá uma manifestação por justiça."

Criminosos dispararam 33 vezes
Os criminosos que executaram os médicos dispararam pelo menos 33 vezes contra grupo. Segundo informações preliminares, eles usaram pistola 9 mm. No vídeo que registrou a ação, é possível ver três homens armados saindo de um carro preto e realizando os disparos contra o estabelecimento, que fica na Avenida Lúcio Costa. O ataque levou cerca de 20 segundos.

Por volta de 00h59, um carro branco para em frente ao estabelecimento e três bandidos armados descem do veículo atirando em direção às vítimas. Com os disparos, dois homens que faziam um lanche conseguem correr. Já quase em direção ao carro para fugir, o trio retorna e faz mais disparos contra as vítimas caídas no chão. Em seguida, eles entram no carro e fogem.

Único sobrevivente, Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, passou por cirurgia nas pernas e está em situação estável. Os ortopedistas, que participariam do congresso, estavam hospedados em um hotel em frente ao Quiosque Naná 2, onde o crime aconteceu.

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