Elizabeth Holmes é condenada a 11 anos de prisão por fraude com Theranos
Empresa de biotecnologia prometia revolucionar os diagnósticos médicos
A empresária americana Elizabeth Holmes foi condenada nesta sexta-feira (18) a pouco mais de 11 anos por fraudar investidores com a Theranos, sua empresa de biotecnologia que prometia revolucionar os diagnósticos médicos.
Holmes, que está grávida, não terá que se entregar até 27 de abril de 2023, de acordo com a decisão do juiz federal do distrito, Edward Davila, pronunciada em um tribunal de San Jose, Califórnia.
A fundadora da Theranos foi condenada em janeiro por persuadir investidores a acreditarem por 15 anos que havia desenvolvido um dispositivo capaz de realizar dezenas de exames médicos rapidamente com apenas algumas gotas de sangue, até o colapso da empresa.
"Assumo diante de vocês minhas responsabilidades pela Theranos. Eu amava a Theranos. Foi o trabalho da minha vida", disse Holmes na audiência, entre soluços, pouco antes da sentença. "Estou devastada por meus fracassos", acrescentou a ex-estrela do Vale do Silício.
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No entanto, a promotora Stephanie Hinds argumentou em documentos judiciais que Holmes estava "cega pela ambição".
A promotoria havia pedido 15 anos de prisão e a restituição de US$ 800 milhões às vítimas de Holmes, enquanto a defesa queria uma pena máxima de um ano e meio de reclusão.
Seu advogado anunciou nesta sexta-feira que iria prosseguir com um recurso.
"A tragédia nesse caso é que a Sra. Holmes é brilhante" e chegou a conquistar um lugar em um mundo "dominado por egos masculinos", afirmou o juiz. Mas também há "provas suficientes de manipulação e mentiras usadas para fazer negócios", acrescentou.