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TECNOLOGIA

Elon Musk quer substituir aviões de combate americanos por drones

Bilionário foi designado pelo presidente eleito Donald Trump para liderar uma comissão encarregada de cortar gastos do governo federal dos Estados Unidos

Elon MuskElon Musk - Foto: Stefani Reynolds/AFP

O bilionário Elon Musk, designado pelo presidente eleito Donald Trump para liderar uma comissão encarregada de cortar gastos do governo federal dos Estados Unidos, manifestou-se, nesta segunda-feira, a favor de substituir aviões de combate modernos por drones.

Ele criticou especificamente o F-35, avião de combate fabricado pela Lockheed Martin e considerado a joia da força aérea dos Estados Unidos desde que entrou em operação, em 2015.

“Os aviões de combate tripulados estão obsoletos na era dos drones. Só servem para matar pilotos”, declarou o chefe da SpaceX e da Tesla em sua plataforma X.

"Enquanto isso, alguns idiotas continuam construindo aviões de combate tripulados como o F-35", reagiu no domingo, ao publicar um vídeo que mostra centenas de drones voando a dezenas de metros de altura.

Recentemente, foram assinados contratos para exportar aviões furtivos de quinta geração F-35 para Romênia, Polônia e Alemanha.

Críticos apontam sua complexidade e alto custo. Para Musk, o design do F-35 é problemático “porque tentaram exigir coisas demais dele”. Ele afirmou que a aeronave tornou-se uma máquina "complexa e cara" sem especialização em combate.

Segundo Mauro Gilli, pesquisador da Escola Politécnica Federal de Zurique, "o que torna o F-35 caro são os softwares e os componentes eletrônicos, e não o piloto em si".

“Isso é relevante porque um drone reutilizável precisaria de todos os componentes eletrônicos robustos do F-35”, explicou o especialista no X.

Além disso, Gilli destacou que um programa com tecnologias tão avançadas quanto as do F-35 força os rivais dos EUA a investir em programas similares para contra-atacar, especialmente em radares avançados.

“O simples fato de o F-35 e o B-1 existirem obriga Rússia e China a tomar decisões estratégicas que, de outra forma, não precisariam tomar (ou seja, alocar recursos do orçamento)”, afirmou.

“Ainda que Musk estivesse certo (e ele não está)”, a eliminação desses aviões reduziria os desafios estratégicos enfrentados pelos rivais dos Estados Unidos, acrescentou Gilli.

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