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Elon Musk reage à prisão de fundador do Telegram na França

Pavel Durov foi preso neste sábado no aeroporto francês de Le Bourget

Elon Musk comentou a prisão de Pavel DurovElon Musk comentou a prisão de Pavel Durov - Foto: Etienne Laurent/AFP

O empresário americano e dono da rede social X, Elon Musk comentou sobre a prisão do fundador e CEO do aplicativos de mensagens criptografadas Telegram, Pavel Durov, no sábado (24).

Em seu perfil oficial no X, Musk compartilhou sobre o caso, em que disse que as pessoas estão sendo punidas "por curtir um meme".

O bilionário franco-russo de 39 anos tinha acabado de desembarcar do Azerbaijão quando foi detido no aeroporto de Le Bourget, França, informou o canal francês TF1. Segundo a imprensa, Durov era alvo de um mandado de busca, emitido após uma "investigação preliminar".

Ao compartilhar informações sobre a prisão de Durov, Musk escreveu em uma das mensagens, na noite de sábado:

"POV: Estamos em 2030 na Europa e você está sendo executado por curtir um meme".

Em outra publicação, Elon Musk escreveu "20 anos..." ao compartilhar uma publicação sobre Durov poder ficar preso por 20 anos na França.

O CEO é investigado pela Justiça francesa, que acusa o Telegram de ser cúmplice de "tráfico de drogas, crimes contra crianças e fraudes", pela ausência de moderação e ferramentas oferecidas.

O canal afirma que Durov pode enfrentar acusações neste domingo por diversos crimes, incluindo terrorismo, fraude, lavagem de dinheiro, receptação, conteúdos criminoso infantil, entre outros. Ele deve ficar sob prisão preventiva.

Recentemente, a rede social de Musk, o X, encerrou as atividades de seu escritório no Brasil, após uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, com quem o empresário já teve entreveros recentes. A decisão em questão foi imposta à responsável pelo escritório do X no Brasil, Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição, por descumprimento de decisões judiciais.

No último dia 13, X já havia divulgado um ofício, enviado por Moraes, que determinava o bloqueio de perfis investigados por suposta disseminação de conteúdo antidemocrático. Entre os alvos da decisão estavam o senador Marcos do Val (PL-ES) e a esposa do ex-deputado Daniel Silveira (PL-RJ), Paola Daniel. No comunicado em questão, a empresa classificou as decisões como "censura".

Três dias depois, em novo despacho, Moraes informou que a empresa "deixou de atender a determinação judicial" de bloqueio dos perfis, e apontou indícios de que a representante do X, "agindo de má-fé, está tentando evitar a regular intimação" por oficial de justiça para o cumprimento da decisão.

Por conta disso, Moraes impôs multa diária de R$ 20 mil a Rachel Conceição, responsável legal pela empresa no Brasil, além de "decretação de prisão por desobediência à determinação judicial".

Ao anunciar o encerramento de suas operações no Brasil, o X citou esta nova decisão de Moraes e alegou que a "equipe brasileira" da plataforma não teria "responsabilidade ou controle sobre o bloqueio de conteúdo".

No comunicado, a empresa informou que "para proteger a segurança de nossa equipe, tomamos a decisão de encerrar nossas operações no Brasil, com efeito imediato", e alegou que as decisões do ministro seriam "incompatíveis com um governo democrático".

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