EUA

Em áudio vazado, Melania reclama de críticas à política migratória de Trump

Os áudios foram gravados por Stephanie Winston Wolkoff, ex-assessora de Melania

A primeira-dama dos Estados Unidos, Melania TrumpA primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump - Foto: BRENDAN SMIALOWSKI / AFP

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Áudios gravados em 2018 e divulgados nesta quinta-feira (1º) evidenciam a primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, expressando sua frustração com as críticas à política de separação de famílias de imigrantes promovida pelo governo Trump.

Os áudios foram gravados por Stephanie Winston Wolkoff, ex-assessora de Melania e hoje desafeta da primeira-dama, e divulgados pelo jornalista Anderson Cooper, da CNN. Wolkoff publicou um livro contando detalhes de sua relação com Melania.

"Eles dizem que eu sou cúmplice. [Que] eu sou igual a ele, eu o apoio. [Que] eu não digo o suficiente, eu não faço o suficiente de onde estou", diz Melania em um trecho dos áudios. Melania também aparece reclamando de tarefas tradicionalmente atribuídas a quem ocupa o cargo de primeira-dama, como organizar os preparativos e a decoração para o Natal na Casa Branca.

"Estou trabalhando ... para burro nas coisas do Natal, que, você sabe, quem dá a mínima para as coisas e decorações de Natal? Mas eu tenho que fazer isso, certo?", diz a primeira-dama.

"Ok, daí eu faço isso e digo que estou trabalhando para o Natal, e planejando o Natal, e eles dizem 'ah, mas e as crianças que estão sendo separadas?' Dá a p** de um tempo! Eles diziam algo quando o Obama fazia isso? Eu não posso ir, eu estava tentando reunir a criança com a mãe. Eu não tive a oportunidade –é preciso seguir o processo e seguir a lei", continua Melania.

O governo Trump foi duramente criticado por separar crianças de seus pais em centros de detenção para imigrantes capturados ao tentar atravessar a fronteira –a prática, feita de modo indiscriminado, foi interrompida após decisão judicial.
Uma porta-voz da primeira-dama criticou Wolkoff por vazar o conteúdo de suas conversas com Melania. "Gravar a primeira dama em segredo e conscientemente violar um acordo de confidencialidade para publicar um livro lascivo é uma clara tentativa de chamar atenção", afirmou.

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