Em discurso na Assembleia Geral, Trump diz que ONU deve responsabilizar China pela pandemia
Donald Trump ainda voltou a chamar o novo coronavírus de "vírus chinês"
O presidente americano, Donald Trump, atacou a China, nesta terça-feira (22), em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, afirmando que o país deve ser responsabilizado pelas Nações Unidas pela pandemia de coronavírus - que ele voltou a chamar de "vírus chinês".
"O governo chinês e a Organização Mundial da Saúde -que é virtualmente controlada pela China- declararam falsamente que não havia evidências de transmissão de humano para humano", afirmou.
"Depois, eles falsamente disseram que pessoas sem sintomas não disseminariam a doença. As Nações Unidas devem responsabilizar a China por suas ações", continuou. Trump foi o segundo a fazer o pronunciamento, logo após o brasileiro Jair Bolsonaro, que abriu o evento -tradicionalmente, o chefe de Estado brasileiro é o primeiro a falar na conferência.
Ele criticou também os acordos comerciais da China com os EUA, que considera injustos, e exaltou a forma como seu governo combateu a pandemia.
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A Assembleia Geral é o principal órgão deliberativo da ONU. É lá que os representantes dos 193 países-membros da organização se reúnem para discutir assuntos que afetam as comunidades internacionais, e todos têm direito a voto.
Neste ano, os líderes concordaram em enviar vídeos com seus pronunciamentos em vez de se reunir presencialmente na sede das Nações Unidas, em Nova York, como forma de evitar os riscos de propagação do coronavírus.
Além de Trump e Bolsonaro, discursam nesta terça outros 30 chefes de Estado. Os discursos continuarão ainda na quarta (23). Também figuram entre os mais esperados os discursos do dirigente chinês, Xi Jinping, e do líder iraniano, Hassan Rowhani, devido à escalada das tensões entre os dois países e os Estados Unidos.