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IMPRENSA

Em editorial, The Wall Street Journal pede renúncia de Donald Trump

O veículo, tradicionalmente conservador, faz parte de um grupo de comunicação que pertence ao proprietário da emissora Fox News e do tabloide New York Post

O editorial é repercussão da invasão de seguidores de Trump no CapitólioO editorial é repercussão da invasão de seguidores de Trump no Capitólio - Foto: Mandel Ngan/AFP

O jornal americano The Wall Street Journal divulgou nesta sexta-feira (8) um editorial em que defende a renúncia do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O veículo, tradicionalmente conservador, faz parte de um grupo de comunicação que pertence ao magnata da mídia Rupert Murdoch, também proprietário da emissora Fox News e do tabloide New York Post.

De acordo com a publicação do WSJ, a invasão do Capitólio insuflada pela narrativa de Trump "foi uma agressão ao processo constitucional de transferência de poder após uma eleição" e também "um ataque ao Legislativo de um Executivo que jurou defender as leis dos Estados Unidos".

"Isso vai além de simplesmente recusar-se a admitir a derrota. Em nossa opinião, isso atravessa uma linha constitucional que o Trump nunca cruzou. É motivo de impeachment", afirma o jornal.



O editorial discute, no entanto, se o processo de impeachment ou a remoção forçada do presidente de acordo com a 25ª Emenda da Constituição - que só pode ser acionada pelo vice-presidente dos EUA - seriam realmente boas opções.

Em seus argumentos, o WSJ afirma que um impeachment "tão tarde no mandato" - faltam 12 dias para a posse de Joe Biden - "enfureceria ainda mais os partidários de Trump de uma forma que não ajudaria Biden a governar".
Por outro lado, se o vice Mike Pence recorresse à 25ª emenda, segundo o jornal, isso "daria a Trump mais motivos para bancar a vítima política".

Assim, o editorial defende a renúncia de Trump, afirmando que "seu melhor caminho seria assumir a responsabilidade pessoal" e deixar o cargo voluntariamente. "É melhor para todos, inclusive para ele, se ele partir em silêncio", diz o artigo.

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