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Coronavírus

Em meio a agravamento da pandemia, prefeitura cancela Réveillon virtual de São Paulo

Bruno Covas, prefeito de São PauloBruno Covas, prefeito de São Paulo - Foto: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação

A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (17) o cancelamento da festa de Réveillon na cidade, devido ao agravamento da pandemia do coronavírus. Este ano, o evento seria virtual, sem os tradicionais show e queima de fogos na av. Paulista, que reuniam cerca de 2 milhões de pessoas.

Mas, com a alta de casos, mortes e ocupação de UTIs na capital, a gestão de Bruno Covas (PSDB) desistiu inclusive da festividade online, que teria apresentações da escola de samba Águia de Ouro, campeã do Carnaval 2020, Sandra de Sá, Fundo de Quintal, dos funkeiros Lexa e MC Guimê e da dupla sertaneja Maiara e Maraisa. Só as duas receberiam R$ 320 mil pelo show virtual.

O cancelamento, segundo a prefeitura, serve para alertar os paulistanos sobre cuidados com as comemorações de final de ano.

"Embora tenham sido tomadas todas as precauções para total segurança de artistas e profissionais envolvidos, conforme determinação dos protocolos de saúde, com esta medida, a cidade de São Paulo espera enfatizar a importância de manter o distanciamento social e as medidas de prevenção à Covid-19 durante as festas de fim de ano", disse, em nota, a Secretaria Municipal de Turismo.

Segundo a pasta municipal, os recursos destinados inicialmente à contratação de artistas serão usados para uma ação de conscientização da população sobre os cuidados sanitários.


"A Secretaria Municipal de Turismo fomentará outras formas de promoção do turismo na cidade, que sejam seguras e estejam de acordo com as novas diretrizes sanitárias da pandemia", afirmou.

No dia 30 de novembro, a cidade regrediu para a fase amarela do Plano São Paulo, assim como as outras regiões do estado que já estavam na fase verde. Com a decisão, comércios e serviços voltaram a funcionar menos horas por dia.

O governador João Doria (PSDB) chegou a declarar que, se necessário, usaria medidas legais para impedir festas em locais públicos e particulares.

O Centro de Contingência do Coronavírus, do governo do estado, recomenda que as celebrações familiares de fim de ano não reúnam mais do que dez pessoas e evitem a presença de idosos.

A orientação é para que os encontros não se prolonguem por muitas horas e, durante a refeição, quando todos estarão sem máscara, a distância seja respeitada e as pessoas não falem com entusiasmo, para minimizar os riscos de contaminação.

Celebrações em estabelecimentos comerciais, como bares, restaurantes, hotéis e salões de festas estão vetadas pelo decreto de calamidade pública, o Código Sanitário e a fase amarela do Plano São Paulo.

Integrantes do centro de contingência temem que as festas de fim de ano causem um repique nos casos de Covid, que estão em alta desde o início de novembro no estado. O nível de ocupação de UTIs da Grande São Paulo era de 66% nesta quarta (16). Em todo o estado a taxa era de 61%.

Para evitar aglomerações, cidades do litoral paulista também decidiram suspender os eventos de queima de fogos do Réveillon nas praias. Santos, Guarujá, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém, no Litoral Sul, além de Caraguatatuba e São Sebastião, no Litoral Norte, não terão as tradicionais festas. Algumas vão fazer comemorações virtuais.

O cancelamento de eventos de Ano-Novo já ocorreu em outros estados, a exemplo de Pernambuco. Nesta quinta, o país voltou a ter mais de mil mortes por coronavírus.

A Prefeitura do Rio anunciou nesta terça-feira (15) que o Réveillon na cidade foi cancelado diante do avanço da pandemia. Por lá, a festa também aconteceria sem público e sem queima de fogos, transmitido pela televisão e internet.

Mesmo com as mudanças previstas, a administração municipal avaliou que será mais seguro o cancelamento da festa por completo. Em nota, a prefeitura afirmou que a decisão acontece "em respeito a todas as vítimas e em favor da segurança de todos".

A cidade também enfrenta um forte crescimento da transmissão do vírus, e a gestão municipal, de Marcelo Crivella (Republicanos) proibiu inclusive as festas privadas nos quiosques da orla. Não serão permitidos cercadinhos, shows ou qualquer evento com cobrança de ingressos, na areia ou no calçadão.

Na Bahia, o avanço da pandemia levou o governo a proibir a realização de festas em estabelecimentos públicos e privados. Com isso, festas de Réveillon foram canceladas, como o Festival da Virada, em Salvador, que neste ano aconteceria sem público em formato de live com shows de Ivete Sangalo e Gusttavo Lima.

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