Descarte de lixo

Em Pernambuco, 75% das cidades já depositam resíduos sólidos em aterros sanitários

Outros 46 municípios (25%) permanecem depositando em lixões a céu aberto

Lixão de Camaragibe Lixão de Camaragibe  - Foto: Henrique Genecy/Arquivo Folha de Pernambuco

Dos 184 municípios de Pernambuco, 138 (75%) depositam os resíduos sólidos em aterros sanitários e outros 46 (25%) permanecem depositando em lixões a céu aberto, é o que afirma um levantamento feito pelo Núcleo de Engenharia do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE), divulgado nesta quinta-feira (9).

Os números foram apresentados após inspeções realizadas por equipe técnica do TCE entre janeiro e outubro deste ano e contou com informações contidas nos 112 processos de Auditoria Especial que foram abertos para apurar responsabilidades pela utilização de lixões nos municípios.

O estudo traz, ainda, dados fornecidos pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e pelos gestores dos aterros sanitários licenciados.

O primeiro levantamento do tipo, realizado pelo TCE, em 2014, apontou que apenas 29 cidades do Estado (16%) utilizavam a forma correta de despejo do lixo, e 155 municípios (84%) descartavam os resíduos de forma irregular.  
 

“Esse resultado é fruto da atuação do Tribunal de Contas, que, desde 2014, vem monitorando a destinação do lixo em Pernambuco. Esta prática vem trazendo resultados exitosos nos últimos anos, como mostra o levantamento recente, o que se traduz em benefícios para a saúde pública”, disse Pedro Teixeira, auditor do TCE e responsável pelo estudo dos lixões.

Além da realização do diagnóstico e da instauração de processos de auditorias especiais para fiscalizar as irregularidades, o Tribunal de Contas também faz o compartilhamento das informações com o Ministério Público de Pernambuco para adoção das medidas necessárias, inclusive por meio de representações internas e externas do Ministério Público de Contas.

Ao longo das fiscalizações, já foram emitidos 54 Autos de Infração para prefeitos cujos municípios ainda utilizavam lixões para despejo dos resíduos e que não apresentaram plano de ação que contenha a sua eliminação. As multas chegam a R$ 26 mil.

“Além de contaminar o solo, os lençóis freáticos, as reservas de água potável e o ar que respiramos, o despejo em locais inadequados traz sérios riscos à saúde humana e pode provocar a morte de animais e destruição da flora local”, disse Pedro Teixeira.

ICMS

Os municípios que seguem as normas ambientais para o correto despejo de seus resíduos, ou cujo local de destinação final do lixo esteja em fase de licenciamento junto à CPRH, são beneficiados com o repasse de uma importante parcela do ICMS Socioambiental por parte do governo do Estado, que ajuda a cobrir as despesas com operação e manutenção desses locais. Até o mês de outubro de 2021, foram repassados R$ 67.402.418,08 aos municípios pela Secretaria da Fazenda do Estado, informou o TCE.

Denúncias

Quem quiser denunciar a existência de lixões pode entrar em contato com o TCE por meio da Ouvidoria ou do site do órgão. É importante fornecer a localização geográfica ou um ponto de referência para auxiliar na fiscalização. 

Veja também

Aparelhos de comunicação foram manipulados antes de entrar no Líbano
Ataques

Aparelhos de comunicação foram manipulados antes de entrar no Líbano

Incêndio florestal no Parque Nacional de Brasília está controlado
brasília

Incêndio florestal no Parque Nacional de Brasília está controlado

Newsletter