Em Pernambuco, 79 municípios ainda têm déficit de doses para segunda aplicação da CoronaVac
Demandas maiores estão em Petrolina, Paulista, Igarassu e Vitória
Em Pernambuco, 79 municípios ainda estão com déficit de doses da vacina contra a Covid-19 CoronaVac, desenvolvida pela chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, para completar o esquema nacional de suas populações com a segunda aplicação.
A necessidade é de mais de 45 mil doses, já solicitadas ao Ministério da Saúde pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). Entre os municípios com maiores déficits no momento, aparecem:
Petrolina: 5.756
Paulista: 4.966
Igarassu: 3.818
Vitória de Santo Antão: 3.189
Bezerros: 1.698
Cabrobó: 1.695
Recife: 1.659
Arcoverde: 1.603
Em meados de maio, Pernambuco recebeu duas remessas do imunizante com uma quantidade suficiente para cobrir a aplicação da segunda dose nas pessoas inseridas entre os grupos prioritários de vacinação elencados pelo Ministério da Saúde.
Isso significa que o quantitativo de segundas doses enviadas se igualaria ao de primeiras doses teoricamente aplicadas. Na prática, porem, mais de 120 municípios reportaram precisar de doses a mais.
Cada município ficou responsável por operacionalizar a vacinação em seu território, a partir das recomendações para aplicação que têm sido discutidas em reuniões com gestores locais e reforçadas em notas técnicas.
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Uma das hipóteses para tamanho déficit é que tenha havido um ruído no entendimento das recomendações passadas pelo Ministério da Saúde. As primeiras remessas enviadas pela pasta tiveram a recomendação para que fossem reservadas as doses de garantia para a segunda aplicação.
Por exemplo: um lote com mil doses seria utilizado em 500 pessoas, de forma que, ao receber a primeira aplicação, a pessoa já tivesse garantida a reserva da dose de reforço.
Posteriormente, alguns lotes específicos foram autorizados a serem utilizados em sua totalidade com primeiras doses. E, depois, a recomendação voltou a ser o uso com reserva.
A produção da CoronaVac sofreu uma paralisação durante o último mês devido à falta do ingrediente farmacêutico ativo, matéria-prima utilizada na fabricação do imunizante. Uma carga do insumo foi recebida na semana passada, permitindo a retomada dos trabalhos.