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Pandemia

Em Pernambuco, mais de 13% da população teve sintoma gripal em maio

Movimentação intensa no centro do RecifeMovimentação intensa no centro do Recife - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

No mês de maio, 1 milhão e 278 mil pessoas em Pernambuco, o que equivale a 13,4% da população do Estado, apresentaram algum sintoma relacionado à síndrome gripal. Destas, 188 mil procuraram atendimento médico em algum estabelecimento público ou privado de saúde. Dos 9,5 milhões de pernambucanos, dois milhões (21,1%) têm plano de saúde. 

O percentual de pernambucanos que apresentaram algum sintoma gripal é maior do que a média do Nordeste, de 12,2%. Pernambuco, com os já citados 13,4%, é o quarto estado da região com maiores taxas, atrás do Ceará (16,5%), Maranhão (15,1%) e Paraíba (14,2%), mas está acima de todos os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Os sintomas gripais levados em consideração nesta parte da pesquisa foram febre, tosse, dor de garganta, dificuldade de respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular.

Os dados são os primeiros resultados da PNAD Covid-19 por estados, divulgada nesta quarta-feira (24), pelo IBGE. O levantamento é uma versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizada com apoio do Ministério da Saúde, para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal e também identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho. 

Em Pernambuco, 347 mil pessoas (3,6% da população) tiveram sintomas conjugados que podem estar associados à Covid-19, média também superior à nordestina, que é de 2,7% da população. Os índices no Estado também são bastante superiores à média nacional, que foi de 2%. Os sintomas conjugados considerados pelo IBGE são três: perda de cheiro ou sabor; febre, tosse e dificuldade de respirar; febre, tosse e dor no peito.

Dessa parte da população pernambucana que teve sintomas conjugados, 66 mil (19,1%) procuraram estabelecimentos de saúde. Esse valor proporcional está bem abaixo dos observados na média nacional, que chegou a 31,3%. Os sintomas foram informados pelo morador e não se pressupõe a existência de um diagnóstico médico. Desta vez, Pernambuco ocupa o terceiro lugar no ranking regional, atrás do Maranhão (5,6%) e do Ceará (4,7%).

A pesquisa também fornece dados sobre o número de domicílios que têm ao menos um morador com sintomas gripais. Dos três milhões de lares pernambucanos, em 225 mil deles havia ao menos um morador com algum dos sintomas descritos acima. Desse total, em 54 mil (23,9%) havia, no mínimo, um morador idoso, considerado como grupo de risco para a Covid-19. Considerando o total de domicílios pernambucanos, 931 mil, ou 30% do total, abrigam ao menos um idoso. 

PNAD Covid-19
As entrevistas começaram no dia 4 de maio, e estão sendo feitas, exclusivamente, por telefone, devido ao distanciamento social. Em Pernambuco, pouco mais de sete mil domicílios, distribuídos por 137 municípios, são contatados por mês. Aproximadamente 120 servidores fazem parte da pesquisa no estado. Para definir a amostra da nova pesquisa, o IBGE utilizou a base de domicílios que participaram da PNAD Contínua no primeiro trimestre de 2019 e selecionou aqueles com número de telefone cadastrado.

Em maio, foram realizadas aproximadamente 1.750 entrevistas por semana. A sessão de perguntas dura em torno de 10 minutos e os moradores que receberem o telefonema podem confirmar a identidade dos agentes de coleta por meio do site https://respondendo.ibge.gov.br/ ou do telefone 0800 721 8181, e informar matrícula, RG ou CPF do entrevistador. 

No próximo mês, o IBGE vai apresentar resultados da PNAD Covid 19 para junho por regiões e Unidades da Federação. Os resultados nacionais serão divulgados semanalmente, todas as sextas-feiras. A coleta está prevista para acontecer até um mês após o fim das medidas de distanciamento social.

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