ataque

Embaixada americana na Rússia alertou cidadãos sobre planos de ataques extremistas em concertos

Atentado a shopping da capital russa deixou 40 mortos e 100 feridos em subúrbio de Moscou

Incêndio consome o centro comercial Crocus City Hall, em Krasnogorsk, nos arredores de Moscou Incêndio consome o centro comercial Crocus City Hall, em Krasnogorsk, nos arredores de Moscou  - Foto: Sergei VEDYASHKIN / Moskva News Agency / AFP

A Embaixada dos Estados Unidos na Rússia alertou para seus cidadãos em Moscou evitarem aglomerações, incluindo concertos, há duas semanas. Nesta sexta-feira, um atentando a um shopping da capital russa deixou 40 mortos e 100 feridos em Krasnogorsk, subúrbio de Moscou. O alerta emitido pelas autoridades americanas foi feito no dia 7 de março e tinha um prazo de 48 horas.

Entre as recomendações da Embaixada dos EUA estavam:

Evite multidões.

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Segundo o alerta, a Embaixada americana monitorava relatos de que "extremistas têm planos iminentes de atingir grandes aglomerações em Moscou". Após o ataque desta sexta-feira, um grande incêndio consome parte do prédio, e cerca de 100 pessoas estão sendo resgatadas pelo terraço do complexo, através de escadas e helicópteros.

— De acordo com dados preliminares, um grupo de desconhecidos de duas a cinco pessoas em uniformes táticos, armados com armas automáticas, abriu fogo contra os guardas na entrada da sala de concertos. Depois começaram a atirar nos espectadores no foyer — afirmaram autoridades locais à agência Interfax.

Imagens publicadas em redes sociais mostram um grande incêndio no local — os bombeiros foram impedidos inicialmente de atuar no combate às chamas, por questões de segurança, e precisaram aguardar a chegada das forças especiais da polícia. Os disparos começaram pouco antes do show da band Picnic, dentro de um teatro localizado no centro comercial e na recepção, onde ainda havia muitas pessoas esperando pelo início da apresentação.

Desde o início da invasão da Ucrânia, os EUA pedem que seus cidadãos evitem qualquer viagem não essencial à Federação Russa, e desde setembro do ano passado orienta que deixem o país imediatamente. O Kremlin não comentou o alerta.

A capital russa foi, desde o fim da União Soviética, cenário de centenas de atentados cometidos por extremistas, o que levou as autoridades locais a aperfeiçoarem suas operações antiterrorismo, especialmente ao longo dos preparativos para a Copa do Mundo de 2018 — uma dos últimos ataques na cidade ocorreu em 2019, quando um homem fez disparos contra a sede do FSB, o Serviço Federal de Segurança, deixando dois mortos. O atirador era um ex-agente de segurança.

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