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Emissário de Trump diz que EUA não vai impor acordo sobre a Ucrânia

"Zelensky é o líder eleito de uma nação soberana e estas decisões são dele", disse Kellogg

O logotipo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a bandeira dos EUAO logotipo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a bandeira dos EUA - Foto: Nicolas Tucat / AFP

O emissário americano, Keith Kellogg, afirmou, nesta segunda-feira (17), em Bruxelas, que seu país não vai impor um acordo à Ucrânia para pôr fim aos combates.

Kellogg tem previsto chegar à Ucrânia na quarta-feira para iniciar três dias de diálogos, incluindo uma reunião com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.

Antes da viagem, Estados Unidos e Rússia celebrarão uma reunião na terça-feira em Riade, o primeiro contato de alto nível entre os dois países desde a invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

O militar reformado informou que caberá a Zelensky decidir se aceita um eventual acordo elaborado pelos Estados Unidos.

"A decisão dos ucranianos é uma decisão ucraniana", disse Kellogg a jornalistas após se reunir com representantes dos países da Otan em Bruxelas.

"Zelensky é o líder eleito de uma nação soberana e estas decisões são dele e ninguém as imporá a um dirigente que foi eleito por uma nação soberana", declarou.

O emissário americano insistiu que seu trabalho é "facilitar" um acordo que assegure "garantias de segurança sólidas para a Ucrânia como nação soberana".

Vários dirigentes europeus estão reunidos nesta segunda-feira, em Paris, para elaborar uma resposta conjunta sobre a Ucrânia, diante do receio de serem excluídos das negociações para encerrar o conflito.

Kellogg disse que os europeus não vão participar, mas serão informados.

"Não acho que seja razoável ou factível que todos tenham um espaço à mesa", declarou.

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