Caso Tamarineira

Emocionado, Miguel Arruda se diz satisfeito com a condenação de João Victor Ribeiro

'Não apenas por mim, mas satisfeito com a justiça que foi feita', afirmou Miguel, que perdeu esposa e filho no acidente e cuida da filha Marcela, que ficou com sequelas

Miguel Arruda, sobrevivente do acidente na TamarineiraMiguel Arruda, sobrevivente do acidente na Tamarineira - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

Após o anúncio da sentença de 29 anos, 4 meses e 24 dias de prisão de João Victor Ribeiro, Miguel Arruda, sobrevivente do acidente, deu o seu depoimento. 

Miguel Arruda, sobrevivente, se disse satisfeito com a pena. "Não apenas por mim, mas satisfeito com a justiça que foi feita. Com a resposta à sociedade. Eu recebi e li cada mensagem de apoio. E entendo que isso foi uma resposta a todos", disse.

Veja trecho da entrevista de Miguel Arruda:
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Folha de Pernambuco (@folhape)


Após o julgamento, bastante emocionado, o advogado Miguel Arruda declarou que a sentença foi a que “todos nós esperávamos”. “É a vitória do bem contra o mal. [...] É a vitória do amor, é a vitória de Marcelinha. Ela não entende, mas vai receber um pai feliz em casa. Pelo menos, isso. Ela teve que conviver com o pai triste, porque eu carrego tristeza demais. Mas a justiça me honrou”, disse.

Veja o momento da leitura da sentença:

 

"A gente hoje construiu uma jurisprudência que vocês não sabem o tamanho. Vocês não sabem o que isso vai evitar de outras pessoas passarem o que eu tô passando. Vamos sustentar essa sentença, vamos fazer transitar em julgado", continuou Miguel Arruda.

Com muita dor, o sobrevivente afirmou que não pode falar de recomeço. "A minha sentença é perpétua. Não vou mudar minha vida de hoje para amanhã. Eu vou mudar um pouquinho a sociedade. Eu vou viver numa sociedade melhor. Vidas foram embora, mas não foi à toa não. Vamos salvar várias vidas com essa nova jurisprudência."
 



Relembre o caso:

Em 26 de novembro de 2017, o então universitário João Victor Ribeiro, que tinha 25 anos na época, conduzia, alcoolizado, um Ford Fusion em alta velocidade e avançou o sinal vermelho no cruzamento da Rua Cônego Barata com a Avenida Conselheiro Rosa e Silva, no bairro da Tamarineira, atingindo um Toyota RAV4, onde estavam cinco pessoas.

A batida provocou a morte da funcionária pública Maria Emília Guimarães, de 39 anos; do filho dela, Miguel Neto, de 3 anos; e da babá Roseane Maria de Brito Souza, de 23 anos, que estava grávida.

O marido de Maria Emília, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, que estava ao volante do Toyota, e a filha Marcela Guimarães, na época com 5 anos, ficaram gravemente feridos, mas sobreviveram.

Veja também

Exército israelense anuncia que bombardeou sete alvos do Hezbollah no sul do Líbano
ORIENTE MÉDIO

Exército israelense anuncia que bombardeou sete alvos do Hezbollah no sul do Líbano

Saiba o que é o Mossad, apontado como arquiteto dos ataques a pagers e walkie-talkies
mundo

Saiba o que é o Mossad, apontado como arquiteto dos ataques a pagers e walkie-talkies

Newsletter