Empregados da Disney em Paris ocupam castelo da Bela Adormecida e fazem greve por reajustes
"A magia custa um braço para nossos visitantes, um rim para os funcionários" é outra frase usada pelos funcionários do parque, que pedem aumento de 200 euros
Um comitê de funcionários do parque da Disney em Paris, na França, decidiu no último sábado realizar semanalmente manifestações reivindicando um aumento salarial de 200 euros e que os domingos trabalhados sejam pagos em dobro.
As paralisações, organizadas pelo Movimento Antifinflacionista, contam com apoio de ao menos mil funcionários da empresa, segundo afirmaram seus organizadores à imprensa francesa.
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No sábado, a manifestação dos empregados envolveu um desfile pelas ruas do parque e uma passagem pelo Castelo da Bela Adormecida, uma principais atrações do local. Veja abaixo:
"Cinco anos trabalhando para o camundongo, sempre pago como um rato" e "A magia custa um braço para nossos visitantes, um rim para os funcionários" eram algumas das frases entoadas pelos manifestantes no sábado. A próxima paralisação está prevista para ocorrer nesta terça-feira.
As manifestações contam com apoio de centrais sindicais francesas como a União Nacional dos Sindicatos Autônomos (UNSA) e a Confederação Geral do Trabalho (CGT).
As paralisações tiveram início no final de maio e contam com profissionais de diferentes setores do parque, como hotelaria, segurança e restauração, segundo disse um representante da UNSA ao jornal francês Le Parisien.
Nas redes sociais do parque, turistas manifestaram preocupação com as paralisações. "Há tantas pessoas vindo de todo o mundo para ver este maravilhoso parque. Por favor, resolvam as greves, é tão injusto para as pessoas que vêm de todo o mundo. Um parque temático cheio de crianças felizes não é lugar para política", escreveu uma.
Outros pedem orientações de como conseguir mudar as datas de seus tíquetes. A empresa já indicou em postagens que as paralisações podem levar ao cancelamento de shows e atividades. No parque, no entanto, houve quem demonstrasse simpatia pela causa dos funcionários franceses:
— Eu os apoio. Venho da Grã-Bretanha e também fizemos greves salariais. Não há outra maneira de receber o que é devido — disse um turista inglês ao jornal Le Monde, no último sábado.