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Empresas como Meta e Disney vão custear viagens de funcionárias que quiserem fazer aborto nos EUA

Suprema Corte do país derrubou direito constitucional que assegurava interrupção da gestação, revogando uma decisão de quase cinco décadas

Protestos contra a decisão da Suprema Corte nos EUAProtestos contra a decisão da Suprema Corte nos EUA - Foto: John Rudoff / AFP

Após a Suprema Corte dos Estados Unidos derrubar o direito constitucional ao aborto, várias empresas como a Meta, proprietária do Facebook e do Instagram, disseram que reembolsariam os funcionários por despesas relacionadas a viagens para fora do estado para realizar o procedimento.

O anúncio da Meta, feito na sexta-feira (24), se soma ao de outras companhias dos mais variados setores que prometeram ajudar financeiramente funcionários que queiram realizar o aborto. A lista conta com gigantes do entretenimento como Disney e a Netflix e do setor financeiro, como o J.P.Morgan.

"Pretendemos oferecer reembolsos de despesas de viagem, na medida permitida por lei, para funcionários que precisarão deles para acessar serviços de saúde e reprodutivos de fora do estado. Estamos no processo de avaliar a melhor forma de fazê-lo, dadas as complexidades envolvidas", disse o porta-voz da Meta, Andy Stone, por e-mail ao site da NBC.

Muitos estados devem restringir ou dificultar ainda mais os abortos após a decisão, dificultando que as funcionárias interrompam a gravidez. Para realizar o procedimento, elas terão que ir para estados onde o aborto é permitido.

A Disney disse a seus funcionários em um memorando interno, obtido pela CNBC, que cobriria as despesas de funcionários que precisam viajar para outro estado para fazer um aborto.

O banco J.P. Morgan também se ofereceu para cobrir as despesas de viagem para "todos os serviços de saúde cobertos que só podem ser obtidos longe de sua casa", incluindo o aborto, informa um memorando da empresa, também obtido pela CNBC .

Um porta-voz da WarnerBros Discovery disse à NBC News que a empresa está "comprometida em oferecer aos nossos funcionários em todo o país acesso a serviços de saúde consistentes e abrangentes".

Segundo a agência de notícias Reuters, a empresa de transporte por aplicativo Lyft afirmou que protegeria legalmente os motoristas em casos de aborto, afirmando que expandiria uma política recente à medida que novas leis estaduais fossem aprovadas.

CVS, Microsoft, Bumble e UnitedHealth também prometeram manter o acesso dos funcionários ao aborto, informou a agência.

No mês passado, a Amazon já havia anunciado que também ofereceria até US$ 4 mil em despesas de viagem a cada ano para tratamentos médicos, incluindo abortos.

Em resposta à decisão da Suprema Corte, a Apple divulgou o que chamou de compromisso de longa data com a saúde de seus funcionários: “Apoiamos os direitos de nossos funcionários de tomar suas próprias decisões sobre sua saúde reprodutiva”, disse a empresa ao site da NBC.

Veja lista com algumas empresas que já sinalizaram ajuda aos funcionários:

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