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EMISSÕES

Empresas de transportes formam coalizão para acelerar a redução de emissões de CO2 do setor

As reflexões tiradas pelo grupo serão apresentadas como contribuições do setor para a definição das metas de descarbonização que serão estabelecidas no novo Plano Clima

As emissões de CO2As emissões de CO2 - Foto: Pixabay

Entidades e empresas do setor de transporte lançaram nesta terça-feira, 26, uma coalizão para fomentar soluções e acelerar a descarbonização do setor de transportes no Brasil.

O movimento, liderado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), pelo Grupo CCR e pelo Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável, do Insper, foi anunciado durante a quarta edição do evento "Brasil Rumo à COP30".

A ideia central é que, a partir de um amplo diálogo entre os diferentes segmentos do setor de transportes, a coalizão elabore uma proposta conjunta de recomendações que ajudem o País a avançar na redução da emissão de gases do efeito estufa em seis verticais: infraestrutura e interseccionalidades; mobilidade urbana; transporte rodoviário, transporte ferroviário; transporte aéreo e transporte aquaviário e cabotagem.

As reflexões tiradas pelo grupo serão apresentadas como contribuições do setor para a definição das metas de descarbonização que serão estabelecidas no novo Plano Clima, a ser apresentado à sociedade em 2025 pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. A consultoria global BCG atuará como parceira técnica da iniciativa, sistematizando as discussões e consolidando as propostas no documento final.

"As empresas têm um papel fundamental no combate à mudança climática, e a Coalizão do setor de transportes, que é vital no nosso país continental, contribuirá de forma efetiva para este desafio global", afirma Marina Grossi, presidente do CEBDS.

O CEO do Grupo CCR, Miguel Setas, diz que a empresa está ciente de sua responsabilidade frente às demandas da agenda setorial de sustentabilidade. "Adicionalmente, reconhecemos a importância da COP30, que será realizada em Belém do Pará no próximo ano", afirma.

Governança da Coalizão
Cada um dos seis subgrupos da coalizão conta com a liderança de uma ou duas associações setoriais e a participação de outras entidades, organizações civis e empresas privadas.

O MoveInfra e a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB) lideram o subgrupo de infraestrutura e interseccionalidade. Já o Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável e a ANPTrilhos coordenam o de mobilidade urbana.

A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) comanda o de transporte rodoviário. A ANTF lidera o grupo de transporte ferroviário. A ABR coordena o grupo de transporte aéreo. E as associações ABAC, ABANI, ABTP e ATP lideram o grupo de trabalho do segmento portuário.

Empresas como Siemens Energy, Volkswagen Caminhões e Ônibus, Scania, Rumo, Santos-Brasil, Hidrovias do Brasil e Ultracargo, entre outras, já confirmaram participação. A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) integra o Conselho Consultivo da Coalizão.

Para garantir o alinhamento entre os atores do setor, a coalizão possui um comitê executivo e um conselho consultivo, integrado pelas associações que lideram os subgrupos de trabalho. O objetivo do modelo é garantir discussões inclusivas e abranger os segmentos da cadeia produtiva de transportes, "viabilizando o engajamento das partes e o consenso entre as propostas".

Uma vez estruturada, a coalizão passa à fase de realização de workshops e reuniões técnicas para aprofundar as discussões e desenvolver as recomendações que contribuirão para o Plano Clima

O documento final, resultante desses encontros, deve ser apresentado no primeiro trimestre do próximo ano. Nele, deverão constar desafios, dados e as propostas que possam contribuir para a descarbonização do setor de transportes.

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