Chuvas

Enchentes atingem 75 mil pessoas em Minas Gerais e Bahia, segundo balanço dos estados

Os governos estaduais registaram seis mortes e 175 pessoas feridas por conta das chuvas

Enchentes no Sul da Bahia causam mortes e deixam milhares de desabrigadosEnchentes no Sul da Bahia causam mortes e deixam milhares de desabrigados - Foto: Reprodução/Twitter

As enchentes dos últimos dias atingiram diretamente 75 mil pessoas na Bahia e em Minas Gerais, deixando um rastro de mortes e destruição nos dois estados. Segundo balanço mais recente dos governos estaduais, seis pessoas já morreram e pelo menos 175 ficaram ferias em decorrência das chuvas.

Segundo a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), as enchentes afetaram diretamente a vida de 69.198 pessoas no estado, que registrou até o momento a ocorrência de cinco mortes e 175 pessoas feridas. Há, no estado, 6,4 mil pessoas desalojadas e 3,7 mil desabrigadas.

Em Minas Gerais, o governo contabiliza que, desde de quarta-feira, dia 8, um total de 5,5 mil pessoas desalojadas apenas no Vale do Jequitinhonha e em Mucuri, regiões mais afetadas no estado. O governo registrou um total de 1,7 mil pessoas desabrigadas, além de um óbito no município de Pescador, na região do Vale do Rio Doce.

Em visita a Bahia, Jair Bolsonaro foi questionado sobre a situação dos moradores que perderam suas casas em razão das fortes chuvas que atingiram o sul do estado. O presidente, então, comparou a situação atual do estado ao isolamento social promovido pelo governo estadual para diminuir o contágio por Covid-19 no ano passado.

"Também tivemos muitas catástrofes ano passado quando muitos governadores, o pessoal da Bahia fechou todo o comércio e obrigou o povo a ficar em casa. O povo em grande parte informais condenados a morrer de fome dentro de casa. O governo federal atendeu a todos com auxílio emergencial", disse Bolsonaro.

O governador Rui Costa, do PT, que neste domingo também sobrevoou as áreas atingidas, rebateu em seguida: "Não tenho tempo para politicagem barata". O governo baiano considera que essa é a pior enchente registrada no estado nos últimos 35 anos.

Acompanhado de quatro ministros, Bolsonaro sobrevoou na manhã deste domingo as áreas afetadas pelas enchentes e disse que estava no local para prestar solidariedade e auxiliar os governos locais. O presidente sobrevoou cidades como Jucuruçu e Nova Alegria, distrito de Itamaraju, que ficaram quase que completamente submersas.

O governo federal informou neste fim de semana que vai liberar R$ 5,8 milhões para atender às necessidades das regiões afetadas pelas chuvas. O montante será repassado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional a diversos municípios da Bahia. No sul do estado, a pasta a reconheceu a situação de emergência em 17 cidades.

Já o governador Rui Costa pousou, no início da manhã de hoje, no Aeroporto de Porto Seguro, no sul do Estado, acompanhado do senador Jaques Wagner e do secretário estadual de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti. Os primeiros sobrevoos foram feitos no distrito de Nova Alegria, que pertence a Itamaraju, e foi castigado pela enchente. Em seguida, o governador seguiu para Medeiros Neto.

“Vamos, a partir de agora, progressivamente, com a redução da água, iniciar a recuperação das cidades e a reconstrução de muitas casas para quem perdeu suas residências. Vamos atuar para minimizar os danos causados. Amanhã [segunda], vamos fazer uma grande reunião com órgãos e secretarias estaduais para deliberar novas ações”, afirmou o governador.

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